As vítimas das inundações e deslizamentos provocados pelas chuvas em oito municípios do Norte e Noroeste Fluminense, em janeiro de 2020, receberão auxílio financeiro para recuperarem suas casas por um programa realizado pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro. De acordo com levantamento prévio, realizado pelos municípios, entre 3.500 e 5 mil famílias devem receber o benefício de R$ 5 mil para os desabrigados e R$ 2 mil para os desalojados. O dinheiro poderá ser utilizado na compra de materiais de construção e eletrodomésticos. Na região, as cheias dos rios Muriaé, Carangola, Pomba e Itabapoana chegaram a deixar cerca de 21 mil pessoas fora de suas residências. Duas pessoas morreram e estradas ficaram interditadas. A ação faz parte da Política Estadual de Proteção e Defesa Social.

Os municípios que vão participar da primeira etapa do programa, anunciada nesta quarta, são: Natividade, Porciúncula, Laje do Muriaé, Itaperuna, Italva, Cardoso Moreira, Bom Jesus do Itabapoana e São Francisco do Itabapoana. O cadastramento das famílias a serem beneficiadas começará na quinta-feira (13) e será feito diretamente pelos municípios que decretaram situação de emergência, com a supervisão da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos.

Após a realização de cadastro, há uma previsão de 12 dias para a emissão do cartão bancário para liberação do valor. O pagamento será feito em parcela única pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos. Os recursos virão do Fundo Estadual de Habitação de Interesse Social (FEHIS).

Segundo a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, além do benefício do cartão, os desabrigados da região terão a possibilidade de ingressar no Aluguel Social, programa estadual que prevê ajuda financeira a famílias que perdem suas casas durante tragédias naturais.

Desde dezembro, vários municípios no norte do estado do Rio enfrentam problemas causados por inundações, alagamentos e deslizamentos de terra. Oito cidades tiveram a situação de emergência reconhecida pelo Governo Federal e cerca de 21 mil pessoas deixarem suas casas, entre o fim de janeiro e o início de fevereiro.