A secretaria estadual de Saúde (SES) lançou, na última sexta-feira, a campanha “Irmãos Detetives em Ação Contra o Mosquito” com o objetivo de mobilizar a população no combate ao Aedes aegypti, chamando ainda a atenção para a reentrada do vírus tipo 2 da dengue e de uma epidemia no estado do Rio de Janeiro. Em Campos, a situação também preocupa as autoridades de Saúde.

De acordo com o diretor do Centro de Referência de Doenças Imuno-infecciosas (CRDI), Luiz José de Souza, as condições climáticas e a grande circulação de pessoas durante o verão são fatores favoráveis para a proliferação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya e, por isso, ele alerta para o reforço das medidas de prevenção.

O médico lembrou que o vírus tipo 2 já circulou no estado em 2008 e 2010, quando ocorreram muitos casos envolvendo criança e com alta mortalidade. A transmissão foi interrompida, mas a alta mortalidade do vírus tipo 2 no país voltou a preocupar.

— Com essas chuvas intensas desde o ano passado, calor e umidade e a circulação da população no verão, as chances do Rio e Espírito Santo terem uma epidemia do tipo 2 da dengue é enorme. O CRDI vem fazendo esse estudo precoce e, em 2019, já alertava para a reentrada do vírus no estado. Até o momento, em Campos, estamos com mais casos confirmados de chikungunya. Mas, o alerta é importante para que medidas de prevenção aconteçam por parte do poder público e da população. I tipo 2 é mais grave e a dengue mata mais do que chikungunya — frisou o médico.

A Prefeitura informou que os casos da doença reduziram em relação ao ano passado. Mês passado, foram confirmados 204 casos de chikungunya; três de dengue e nenhum de zika, quando, em 2019, no mesmo período, foram 404 casos de chikungunya, um de dengue e nenhum de zika. Novos agentes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) também reforçam as vistoriais nas casas.