Campistas sem gasolina mais barata
Paulo Renato Porto 06/02/2020 21:49 - Atualizado em 19/02/2020 14:51
As sucessivas quedas nos preços da gasolina anunciadas pelo governo federal em 2020 não chegaram às bombas dos postos de combustíveis de Campos. Esta semana, o presidente Jair Bolsonaro decretou pela vez quarta redução nos preços da gasolina e diesel só este ano. A diminuição será, em média, de 4,3%. No caso do diesel, será de 4,4%. No levantamento da Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural e Combustíveis (ANP), entre os dias 14/01 e 20/01, o preço mais barato do litro do da gasolina estava a R$ R$ 4,77, menor, portanto, do que na última pesquisa; o mais caro, a R$ 5,25.
Na última pesquisa também em 19 postos pesquisados, de 26/01 a 01/02 deste ano, o menor preço subiu para R$ 4,84 (R$ 0,07 mais alto do que o último levantamento), enquanto que o mais caro ficou em R$ 5,29 (R$ 0,04 mais elevado)
Os proprietários de postos de gasolina têm várias alegações quanto aos repasses das distribuidoras aos estabelecimentos.
— A redução chega às refinarias, que vende os produtos às distribuidoras, onde nós compramos. Elas (distribuidoras) alegam às vezes que não repassou a redução porque havia lá estoque antigo com preço antigo. Outra vez alegam que não reduziu o preço por causa da alta do ICMS. Numa outra oportunidade a alegação ficou por conta da quantidade menor na mistura do etanol. Então, a gente fica refém das distribuidoras. São várias particularidades. Eu creio que estas reduções no preço deverão chegar aos postos de uma forma gradativa — analisou Leandro Barroso, proprietário de postos de combustíveis.
O jornalista Cilênio Tavares estranha que a redução não tenha beneficiado o consumidor. “O que a gente vê é o mesmo de sempre. Quando a Petrobras autoriza o reajuste, ele é automaticamente repassado pelos postos. Mas quando há redução, isso não ocorre. Houve quatro reduções nas refinarias, mas não chegaram às bombas, o que é um absurdo”.
A Folha entrou em contato com o Sindicato das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), que representa as companhias distribuidoras. No entanto, a entidade não se posicionou sobre o assunto até a conclusão desta edição. 
 
 
 
 

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