Rodrigo anuncia reabertura do restaurante popular e analisa cenário de 2020
31/01/2020 20:05 - Atualizado em 19/02/2020 16:46
O Restaurante Popular de Campos será reativado ainda neste ano eleitoral de 2020. Mas apenas como iniciativa do governo estadual Wilson Witzel (PSC), sem a parceria que buscava a gestão municipal Rafael Diniz (Cidadania). Foi o que garantiu ontem, ao Folha no Ar 1ª edição, na Folha FM 98,3, quem vinha sendo o principal articulador da parceria entre estado e município para reabertura do espaço: o deputado estadual Rodrigo Bacellar (SD). Considerado nos bastidores o principal articulador da pré-candidatura a prefeito de Caio Vianna (PDT), Rodrigo o defendeu da acusação de “preguiçoso” feita, na última segunda (27), pelo deputado estadual Gil Vianna (PSL), companheiro de chapa de Caio em 2016. Ainda assim, Rodrigo só admitiu o “namoro” com o prefeitável pedetista para outubro, ainda não o “noivado” ou o “casamento”. Nas urnas, projeta um segundo turno, em um cenário que tudo pode acontecer.
Sem cravar certeza, ele atribuiu a exclusão do município na iniciativa social à pressão exercida pelo deputado federal Wladimir Garotinho (PSD), pré-candidato a prefeito de Campos. Que tem como principal aliado político o deputado estadual Bruno Dauaire, líder do PSC de Witzel na Assembleia Legislativa. “Eu não quero ser pai de restaurante nenhum, quero ver o povo comendo e matando a fome. Bastou eu ir lá, tenta alocar verba, porque é um benefício para o povo, que Wladimir deu um show, dizendo que era um absurdo e que ele que iria pedir. Só que pedir por pedir, João Peixoto (DC) pediu, Gil pediu, todo mundo tem que pedir. O meu papel como parlamentar é pressionar o governo, tentar criar, logisticamente, uma condição para o restaurante reabrir”.
Bacellar afirmou que o planejamento estadual é reabrir as unidades de Campos e Barra Mansa, já que estão em melhor estado de conservação. Rodrigo disse, ainda, que se a decisão fosse dele, manteria a parceria “Acho que até por conta dessas picuinhas locais, o governo decidiu assumir sozinho, não vai querer a participação do município. Vai reabrir, ali onde era (na Lacerda Sobrinho), e o próprio Estado vai tocar o restaurante. Nos próximos seis, sete meses, acredito, estarão reabrindo”. Questionado diretamente se acreditava se houve interferência política, nos bastidores, para essa decisão, ele respondeu: “Bem provável, né? A gente tem muito ali a questão interna, principalmente do PSC, um carinho muito grande com a família Garotinho”.
Apesar de admitir um “namoro” com o pré-candidato a prefeito Caio Vianna (PDT), Rodrigo nega que seja o principal articulador de uma possível candidatura do filho do ex-prefeito Arnaldo Vianna. “Hoje posso dizer que não, por mais que pareça. Tenho falado muito com Caio, a gente está muito avançado em de repente caminhar juntos, mas muita coisa ainda tem que ser conversada. No momento em que eu tiver de decidir, a gente tem que colocar os pingos nos ‘is’ para não ter problemas”, destacou.
No entanto, coube a Rodrigo o papel de defender Caio da acusação feita por Gil de que o filho de Arnaldo é “preguiçoso”. O pedetista, convidado várias vezes, nunca foi ao programa:
— O Gil quando diz que o Caio era preguiçoso é porque Caio não chegava. Por exemplo, marcava caminhada para as 9h e chegava 12h. Eu tenha a explicação, eu convivia. Caio cismava de ir para o estúdio e gravava até 4h30, 5h. Cansei de falar para ele que o corpo não aguenta. Essa fama, na verdade, de preguiça que o deputado Gil posiciona ele é em função disso. Obviamente, uma pessoa que vai dormir às 5h, não vai ter estrutura de acordar às 7h30 para estar na caminhada às 8h. Tipos de conduta que não podem existir. Com toda vênia para discordar do deputado Gil, não vi preguiça de Caio.
Para as urnas em outubro, Rodrigo acredita que o jogo ainda está aberto e que muita coisa pode acontecer. Ele cita que o tabuleiro passa pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a redistribuição dos royalties, com julgamento marcado para 29 de abril, e se o prefeito será candidato à reeleição, ou se o governo terá plano B, entre outras questões. Sobre a gestão Rafael, disse que o prefeito teve coragem para tomar decisões importantes, diante das dívidas herdadas pela gestão Rosinha Garotinho. Para Bacellar, isso terá de ser reconhecido pelos próximos prefeitos, mas a suspensão de programas junto com a queda de arrecadação, que inviabiliza a retomada, gerou uma má avaliação popular. Diante do atual cenário, Rodrigo projeta: “Não tem como fugir de um segundo turno, mas acho que tudo pode acontecer. Hoje, no quadro de rejeição do atual governo, se o candidato permanecer o prefeito, daria o grupo de Garotinho com o grupo de Caio Vianna”.
Confira a entrevista completa:

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