Bolsonaro avalia sobrevoar áreas atingidas pela chuva na região
Aldir Sales 29/01/2020 20:51 - Atualizado em 19/02/2020 16:44
Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro / Marcos Corrêa/PR
A jornalista Natuza Nery publicou em seu blog, no G1, que existe a possibilidade do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobrevoar o Norte e o Noroeste Fluminense para avaliar os danos causados pelas enchentes dos rios Muriaé, Carangola, Pomba e Itabapoana.
De acordo com a publicação, Bolsonaro desembarca nesta quinta-feira em Belo Horizonte, onde se encontra com o governador Romeu Zema (Novo) e vai sobrevoar as áreas mais afetadas pela chuva na região da capital mineira. No estado de Minas Gerais, já são 55 mortes confirmadas em decorrência dos altos índices pluviométricos nos últimos seis dias.
Natuza escreve, ainda, que o presidente avalia a possibilidade de também acompanhar as consequências da chuva no Espírito Santo e no Rio de Janeiro.
Em nota, a Presidência da República confirmou que Bolsonaro vai para Minas Gerais nesta quinta, mas não confirmou o sobrevoo pelo Espírito Santo e pelas regiões Norte e Noroeste Fluminense. A jornalista, por sua vez, creditou a possibilidade a fontes próximas do presidente. “Até o momento, há previsão de que o presidente Bolsonaro sobrevoe as áreas afetadas pelas chuvas, em Minas Gerais. O sobrevoo deverá ser amanhã, no período da tarde. Por enquanto, Espírito Santo e Rio de Janeiro não estão previstos”, informou a nota oficial.
Se optar pela vistoria aérea na região, o presidente deve ignorar o governador Wilson Witzel (PSC), que se tornou desafeto de Jair Bolsonaro desde que começou a dizer que será candidato à Presidência da República em 2022. Auxiliares dizem que sua atenção será dada ao Estado, não ao governador.
Além disso, na última segunda-feira, Witzel gravou uma ligação com o vice-presidente Hamilton Mourão sem avisá-lo e publicou nas redes sociais. O governador estava em Porciúncula, no Noroeste Fluminense, e pedia auxílio do governo federal para ajudar a população atingida. Em resposta, Mourão afirmou: “Ele diz que foi fuzileiro naval. Eu acredito que ele esqueceu a ética e a moral, que caracterizam as Forças Armadas, quando saiu do Corpo de Fuzileiros Navais”.
Bolsonaro também criticou a atitude do governador. “Não é usual alguém fazer isso. Não gostaria que fizessem comigo”.
Na última terça-feira, Wilson Witzel pediu desculpa e disse que a intenção era tranquilizar a população e demonstrar a união de forças dos governos federal e estadual.
— Não queria surpreender nada. Se o presidente Bolsonaro, se o vice-presidente Mourão ficou de alguma forma entristecido pelo que aconteceu, eu sou uma pessoa humilde: peço desculpas. O senhor é uma pessoa por quem tenho o maior respeito, general do Exército. Minha respeitosa continência a vossa Excelência, ao presidente Bolsonaro. Sou um homem de bem, sou uma pessoa de sentimento, estava pedindo água para as pessoas, e o senhor me ajudou — disse o governador, que completou:
— Eu quis mostrar o quanto o presidente Mourão estava nos ajudando. Em nenhum momento da minha vida eu divulguei telefonema privado. Eu sou uma pessoa de sentimento, achei que as pessoas ficariam mais confortáveis que há uma união com o presidente da República, com o vice-presidente. 

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