Aldir Sales
23/01/2020 22:49 - Atualizado em 19/02/2020 16:42
O clima cenário pré-eleitoral da planície goitacá continua quente no início de ano. Desta vez, o deputado estadual e pré-candidato a prefeito Gil Vianna (PSL) não poupou o ex-colega de chapa em 2016 e também pré-candidato Caio Vianna (PDT) e disse, em entrevista a uma rádio local, que o pedetista fez o senador Romário (Podemos) esperar por uma hora para começar uma carreata em 2016: “De manhã ele vendo televisão e eu falava: ‘vamos para a rua, o povo precisa ver a gente’”. Por outro lado, Caio afirmou que Gil está “tentando se projetar na disputa eleitoral nivelando o debate por baixo”.
Gil foi candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Caio na última eleição municipal, porém, relatou momentos onde pedia mais empenho do filho do ex-prefeito Arnaldo Vianna (PDT). “O pai de Caio Vianna, em rede social aberta, em campanha de Pudim, falou que tinha que estudar, trabalhar. Não fui eu que falei isso. Falta experiência, comprometimento com as pessoas na rua. A campanha foi difícil, acho que houve inversão de valores. O candidato a prefeito teria de ser eu e ele o vice. (...) Conseguimos trazer o senador Romário para cá duas vezes. Fizemos uma carreata na Pecuária com centenas de pessoas e o Romário esperou quase uma hora para Caio chegar. Deveria ser o contrário, estar lá desde cedo para tocar a carreata”, afirmou.
No entanto, Caio Vianna respondeu ao ex-colega dizendo que “não vai entrar nesse jogo”: “Gil Vianna está tentando se projetar na disputa eleitoral da pior forma: nivelando o debate por baixo. Não vou entrar nesse jogo. Tenho responsabilidade e foco para enfrentar os grandes problemas desta cidade. Não tenho tempo de ficar olhando pelo retrovisor. A cidade tem problemas demais para ser incomodada com fofoca”, declarou.
A equipe de reportagem tentou também com Arnaldo Vianna, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. Porém, em um site, o ex-prefeito disse que nunca confiou em Gil: “Se tem algo que não podem falar do Caio é que ele não se empenha, e sobre a sua atuação nas ruas. Desde novo, ele era um dos primeiro a levantar e ir pra rua pedir voto nas minhas campanhas. Esse Gil Vianna, que não é nosso parente, não consegue sustentar nem suas próprias mentiras”, afirmou.
Durante a campanha de 2016, Caio e Arnaldo Vianna chegaram a caminhar juntos. Porém, o ex-prefeito (então no PEN, que se tornou o Patriota) também lançou sua pré-candidatura e disse que o filho era inexperiente e precisava terminar os estudos antes de alçar voos mais altos. O filho conseguiu manter o apoio do PEN e Arnaldo, então, se filiou ao MDB e esteve ao lado de Geraldo Pudim (MDB) naquele pleito.
Após a ruptura, Caio caiu nas pesquisas, Pudim não conseguiu decolar e Rafael Diniz (Cidadania) ganhou o pleito ainda no primeiro turno.