O juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília, aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra 29 pessoas suspeitas de gestão temerária à frente de quatro fundos de pensão (Petros, Funcef, Previ e Valia) e prejuízo de R$ 5,5 bilhões. Todos são acusados de aplicar grandes valores em investimentos que apresentavam alto risco de calote.
E as investigações do MPF também esbarram no Instituto de Previdência dos Servidores de Campos (Previcampos). Uma das empresas denunciadas em uma fase anterior da Greenfield é a Planner Corretora de Valores, administradora do fundo Iluminati, que recebeu aporte de R$ 60 milhões do Previcampos entre setembro e outubro de 2016. Este e outros investimentos campistas também foram alvo da operação Encilhamento, desencadeada pela Polícia Federal em maio de 2018.
Ao acolher a denúncia, o magistrado afirmou que o Ministério Público apresentou “vasto material probatório contra todos os denunciados no delito de gestão temerária”. “O MPF produziu e apresentou a este Juízo peça acusatória formalmente apta, acompanhada de vasto material probatório, contendo a descrição pormenorizada contra todos os denunciados (então dirigentes, conselheiros e responsáveis pelos investimentos no âmbito da Petros, Funcef, Previ e Valia), como incursos no delito de gestão temerária pela constituição e aportes ao FIP Sondas, entre os anos de 2011 e 2016”, diz Vallisney. (A.S.) (A.N.)