Camilla Silva
03/01/2020 17:44 - Atualizado em 08/01/2020 16:08
A justiça marcou para o dia 17 de fevereiro o juri popular de três dos quatro acusados da morte de Ana Paula Ramos, de 25 anos, vítima de uma emboscada inicialmente disfarçada em assalto, no dia 19 de agosto de 2017, na pracinha do Parque Rio Branco, em Guarus: Marcelo Henrique Damasceno, que teria intermediado a contratação de Wermison Carlos Sigmaringa e Igor Magalhães de Souza, executores do crime. A ex-bancária Luana Barreto Sales, apontada como mandante da ação será julgada em processo separado, ainda sem data de audiência marcada.
A audiência dos três acusados havia sido marcada inicialmente para agosto de 2019 e transferido para outubro do mesmo ano, antes de ser remarcado para fevereiro. Conforme investigações da Polícia Civil, no dia da emboscada, Luana convidou Ana Paula para ir até o Parque Rio Branco, em Guarus, visitar a obra de sua casa. Depois, elas veriam o vestido que Luana usaria no casamento da vítima. No local, Luana chamou a cunhada para tomar um sorvete na praça e este seria o sinal para a execução do plano de falso assalto.
Atingida por tiros na cabeça e no tórax, a universitária foi socorrida por populares e levada para o Hospital Ferreira Machado (HFM) na carroceria de uma caminhonete. Com morte cerebral constatada na semana seguinte, no dia 21 de setembro, a jovem teve morte decretada por falência múltipla dos órgãos na noite do dia 23. Luana foi presa por policiais militares no HFM, em uma roda de orações pela vida de Ana Paula.
Na primeira audiência, ocorrida em 8 de maio de 2018, o delegado titular da 146ª DP, Luís Maurício Armond, contou que, no caso, chamou a atenção a quantidade de disparos efetuados para um crime patrimonial, um assalto. Armond também destacou que a Luana titubeou na hora de fazer o reconhecimento de um dos criminosos, tendo chegado a afirmar, durante as investigações, que ela teria contratado os homens para dar um susto na Ana Paula, e não para matar. Segundo o delegado, entretanto, o Igor foi categórico em dizer que o “susto” se tratava de assassinato. Os três acusados de serem os executores permaneceram com as cabeças abaixadas durante o procedimento.