Câmara tem música "Gabriela" e discussão entre vereadores
Aldir Sales 04/12/2019 09:15 - Atualizado em 12/12/2019 14:31
  • Fred Machado

    Fred Machado

  • Eduardo Crespo

    Eduardo Crespo

A sessão dessa terça-feira (3) da Câmara de Campos foi marcada pelo embate entre o líder da oposição, Eduardo Crespo (PL), e vereadores da base governista. Durante seu discurso na palavra livre, Crespo não poupou críticas aos colegas parlamentares e até cantou uma parte da música “Gabriela”, de Dorival Caymmi. Por outro lado, o parlamentar do PL levou resposta do presidente da Casa, Fred Machado (Cidadania), que pediu mais respeito por parte do colega e falou que oposicionistas inflamam a população.
Eduardo Crespo falava sobre a situação da Saúde, com os atrasos dos repasses da Prefeitura para os hospitais da rede contratualizada, quando cobrou dos colegas. “Quando se fala em números, parece que é pecado. Parece que é uma Câmara cega, muda e surda em relação a certos assuntos. Para os amigos, pode. Para os inimigos, o rigor da lei. Isso precisa mudar. (...) Temos vereadores de alto nível. Mas se ficarmos vivendo o paradigma: ‘eu nasci assim, eu morri assim... Gabriela’... É a síndrome da Gabriela. Mudou, gente”, recitou o vereador.
Na sequência, Fred afirmou que o Legislativo tem cumprido papel democrático e rebateu Eduardo Crespo. “Tudo que é solicitado, nós temos tentado fazer. Mas vejo alguns vereadores postarem vídeos no Facebook inflamando a população, convocando as pessoas para ‘resolver a situação’ na Câmara. Mas na hora de receber os diretores dos hospitais, ninguém foi. Falei com todos aqui no plenário. E quem fala essas coisas fez parte de um governo que nunca abriu as portas para ninguém. Foram capachos. Tem hora que a gente perde a paciência. Esta é uma Câmara democrática e alguns vereadores vêm falar de forma hipócrita. Não vou me calar mais”, afirmou Fred.
Ao final, o líder do governo, Paulo César Genásio (PSC), também alfinetou Crespo: “Para este vereador do PL estar aqui hoje, outro teve que estar preso”. A referência é à operação Chequinho. Onze vereadores foram condenados e afastados por troca de votos na última eleição municipal. 

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