O comércio lojista de Campos aposta nos últimos dias da semana que antecede o Natal para faturar com presentes de fim de ano. A expectativa é ainda maior com a segunda parcela do 13º salário que será pago integralmente hoje (20) aos trabalhadores. Os lojistas no entanto, torcem para que o prefeito Rafael Diniz busque uma solução para o pagamento do 13º dos servidores. Em razão da crise que atinge as finanças municipais, o prefeito anunciou o parcelamento do benefício em duas vezes, (em janeiro e maio) mas a Justiça determinou que o gestor efetuasse o pagamento até ontem, dada fixada para que o dinheiro fosse depositado na conta do servidor.

— Que o prefeito encontre uma saída, seja através de um empréstimo bancário ou outra solução para o pagamento do 13º do servidor, que será fundamental para o comércio lojista. Afinal são quase R$ 80 milhões que poderiam melhorar o aquecimento das vendas. Junte a crise nacional com uma massa de milhões desempregados, com os nossos problemas locais, e veremos o quadro que temos que enfrentar neste fim de ano — disse o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Orlando Portugal. A estimativa da CDL indica crescimento de 5% nas vendas em comparação com o mesmo período do ano passado.

Comerciantes, no entanto, tem algo a comemorar como o pagamento do 13º e também a antecipação do salário referente a dezembro dos aposentados e pensionistas do PreviCampos. O pagamento será efetuado com recursos próprios do Instituto. O valor da folha é de R$ 29 milhões. Os lojistas também festejam o reforço extra com o pagamento do saque complementar do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Quem tem na conta até R$ 998,00 retirou mais R$ 498,00, além dos R$ 500,00 já sacados anteriormente.

Ontem, o movimento de vendas tornou-se mais intenso com a proximidade da principal data do calendário comercial. Em algumas lojas, comerciantes aproveitam o momento para anunciar promoções em letreiros gigantes e em espaços de maior visibilidade.

—Nos últimos dias tem melhorado bastante (o movimento). De sexta-feira pra cá as coisas ganharam um vulto muito grande, não tivemos sossego por aqui porque apostamos muito nessas promoções em 1/3 do estoque, onde o cliente leva os presentes com até 50% de desconto. Não adianta cobrar muito um preço lá em cima, encomendar produtos caros se o povo está sem dinheiro. Então, tenho aqui presentes de R$ 100, R$ 40, ou R$ 30 — explicou o comerciante Alamir Chacur, proprietário de uma rede de cinco lojas no Centro e na Pelinca.

Para aproveitar ao máximo o período e atender os clientes retardatários, Alamir vai estender o horário de funcionamento no sábado para 20h, no domingo até 18h e na véspera de Natal (24) para até 21h. “Vamos até mais tarde, conforme o movimento, já fiz um acordo com os funcionários. Muita gente deixa as compras de Natal para a última hora. E nossa obrigação não é pensar apenas no lucro, mas no consumidor que não pode vir antes ao Centro fazer suas compras”.