Até o dia 27 de janeiro de 2020, a população de Macaé poderá curtir e viajar no tempo com exposição “A vida sem fotografia é uma vida sem memórias”. Sessenta fotos estão em cartaz no Centro Cultural do Legislativo (CCL), à avenida Rui Barbosa, 197, no Centro, com visitações gratuitas de 9h às 17h. Elas foram clicadas por autores como Solon, primeiro fotógrafo de Macaé, Manoel Olive, servidor aposentado da Câmara Municipal.
O dirigível Zeppelin foi fotografado no céu da cidade por Solon, em 1937. Há várias imagens em preto e branco de construções antigas em Macaé. Uma delas retrata o Banco do Brasil, em 1950, localizado onde hoje fica o Itaú (à praça Washington Luiz). Em 1927, foi clicada a muralha, em construção, da rua da Praia.
Dezenas de casas antigas, demolidas por causa do progresso da cidade, foram devidamente registradas no século passado pelo fotógrafo Manoel Olive, de 79 anos.
— Meu objetivo é mostrar à juventude as belezas da cidade antigamente. Minha geração valoriza as impressões dessas fotos, relíquias para registro humano e social, de uma Macaé do passado — disse.
A mostra é um resumo de seu vasto trabalho feito há décadas, desde os anos 1960.
— A casa do dr. Orlando Nunes de Souza, na rua da Praia, cliquei antes de ser derrubada para virar estacionamento. Já a casa da família Fernandes, na avenida Rui Barbosa, deu espaço para o Shopping Macaé. A casa do dr. Jair Siqueira, também na antiga rua Direita, tornou-se rede de lojas — contou o profissional.
Antes de ser conhecida como a Capital Nacional do Petróleo e de passar por diversas fases de modernização, Macaé era uma típica cidade do interior, com belos estilos de arquitetura e personalidades que marcaram o país. O fotógrafo Manoel Olive, dos registros familiares, passou a se interessar pelos principais pontos de referências do município, como casas de autoridades e comércios. (A.N.)