Um copo no Ao Gato Preto para afastar mau agouro da sexta-feira 13
Ícaro Barbosa 13/12/2019 20:23 - Atualizado em 17/12/2019 17:14
O receio do mau agouro leva para o tradicional bar Ao Gato Preto uma diversidade de pessoas nesta sexta-feira (13). A emblemática data, conhecida como detentora de uma energia negativa, reúne de maneira quase religiosa frequentadores no botequim mais tradicional da cidade, com quase um século de história.
Apesar de ter mudado sua posição espacial no início desse ano, indo do conhecido ponto na 21 de Abril para a Barão de Amazonas, a tradição da reunião no botequim é mantida com fervor pelos frequentadores, que abrange todas as classes sociais. 
Para Paulo Sérgio Barbosa, dono do botequim, o dia é conhecido pela má sorte, atrai para o Ao Gato Preto uma freguesia bem maior do que o normal. “O consumo das iscas, refrigerantes, cervejas e quentes, é muito alto”, afirmou. Já quem frequenta o local não vê azar algum. A risadaria, brincadeiras, papo fiado e muita bebedeira fazem parte da ordem do dia no botequim, que é patrimônio imaterial histórico e cultural do município, tombado pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Campos (Coppam)
– A freguesia manda no local, eles decidem a hora que vai acabar aqui. Enquanto estiverem bebendo nós estamos aqui servindo – contou Sérgio, que há 20 anos trabalha diretamente com o botequim, virando proprietário após o falecimento do seu pai, José Carlos Barbosa, o Zé Psiu.
Entre as superstições, quem acaba correndo risco real são os gatos pretos. Por medo ou por rituais, os felinos acabam se tornando vítimas de agressão, decorrentes dos mitos atribuídos ao gato preto. Mesmo no século 21, os rituais de magia utilizam esses animais para sacrifícios. Entretanto, o artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (nº 9.605/98), considera crime as práticas de abuso, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos, nativos ou exóticos.

ÚLTIMAS NOTÍCIAS