Matheus Berriel
12/12/2019 19:28 - Atualizado em 17/12/2019 17:12
O Asilo Monsenhor Severino, em Campos, realiza neste sábado (14) mais uma edição de sua feijoada anual buscando angariar fundos para a assistência aos idosos. Marcado para começar às 13h, na própria sede, o evento contará com uma roda musical comandada pelo grupo Cadência do Samba. A pulseira custa R$ 20, sendo vendida na secretaria do asilo. O endereço é avenida José Alves de Azevedo (Beira-Valão), 437, no Parque Rosário. Bebida à parte.
— Atualmente, o Asilo Monsenhor Severino não tem nenhum repasse de verba. Ele sobrevive com ajudas e doações. São as doações da comunidade e os eventos realizados, tipo a feijoada, que é feita uma vez ao ano com uma roda de samba — explicou o presidente do Monsenhor Severino, Ricardo Luiz Araújo, à frente da entidade desde 2015.
De acordo com Ricardo, o local abriga atualmente 48 idosos. Devido aos altos gastos, toda ajuda da comunidade é bem-vinda.
— Esses eventos são para angariar fundos para manter a instituição. Imagina você manter uma instituição, sem verba nenhuma, na total crise que o país e a cidade passam. É muito difícil. Só de folha de pagamento eu gasto R$ 35 mil mensais. De encargo social, R$ 8 mil. Isso tudo eu tenho documento para provar. Água e luz, R$ 10 mil. São 300 quilos de carne por mês — detalhou.
Com o mesmo intuito da feijoada, são realizados bailes de forró às quintas-feiras, abertos à comunidade, fora os eventos com participações dos idosos. Em novembro, um show de Elymar Santos no Automóvel Clube teve renda destinada ao asilo. Outra iniciativa foi a Festa Retrô 2, esta na sede do asilo, em outubro, com presença da Banda TB-6. Interessados em fazer doações independentes podem entrar em contato pelo telefone (22) 2723-4000. Além de alimentos, são aceitos materiais de limpeza e higiene pessoal, fitas para exame de glicemia, luvas descartáveis e medicamentos.
Em Campos, fora o Monsenhor Severino, existe hoje apenas o Asilo Nossa Senhora do Carmo. Juntos, os espaços totalizam 120 vagas.
— O que são 120 vagas para um município grande como o nosso? Se a população não ficar mais atenta, não prestar atenção e colaborar, caso feche um, nossos idosos não terão futuro. Campos precisaria de no mínimo quatro ou cinco asilos, só tem dois. Há muitos idosos lá (no Monsenhor Severino) que vieram do Rio ou de outra cidade — pontuou Ricardo Luiz Araújo.
Ajudas materiais são necessárias, mas um ato de solidariedade também pode sem custo algum.
— Quando a pessoa puder, que faça uma visita para ver a situação. Quem não puder ajudar com nada (material), que pelo menos ajude com carinho, com amor, atenção, um aperto de mão. O idoso pode até esquecer que o voluntário foi lá. Mas, quem vai de coração, é um serviço que a pessoa nunca vai esquecer na vida — enfatizou o presidente do Monsenhor Severino.