Cenários, cores, ritmos e sorrisos. Ambiente perfeito para despertar a criatividade de crianças, que utilizam o imaginário para se transformarem em novos autores. A partir de histórias baseadas em releituras de autores clássicos da literatura infantil brasileira e de autoria própria, mais de 100 estudantes da Escola Municipal Lídia Leitão de Albernaz, no Parque Cidade Luz, em Campos, tiveram a oportunidade de trazer o mundo de fantasias à realidade através de obras literárias. O resultado desse trabalho foi apresentado em uma manhã de autógrafos realizada nesta sexta-feira (06) na unidade. Toda a iniciativa teve o suporte da coordenação de Língua Portuguesa/Literatura da secretaria municipal de Educação, Cultura e Esporte (Smece).

Desde o início do segundo semestre desenvolvido na escola, a ação promovida em parceria com a Estante Mágica, plataforma privada de publicação de livros, provocou a mobilização da direção com professores e comunidade escolar. Ao todo, 140 alunos da E.M. Lídia Leitão de Albernaz participaram. Entre eles, 34 conseguiram adquirir os livros em formato físico, enquanto os demais publicaram em e-books.

Para a incentivadora de leitura Onalita Benvindo, a emoção de superar os desafios é o sentimento que resume a trajetória. “Eu vi nas redes sociais a chance. Não foi fácil. Os livros não são tão acessíveis à realidade deles, mas conseguimos convencer os pais, que muitas vezes, mesmo sem acesso à internet, buscaram soluções para concretizar os sonhos dos filhos”, comentou, empolgada.

O menino Gustavo da Silva, de apenas oito anos, aluno do segundo ano do Ensino Fundamental, foi um dos que escreveram histórias. Com o livro “O garoto dos sonhos”, o pequeno contou a inspiração para se tornar bombeiro quando crescer. “Meu tio era bombeiro. Um dia, ele me deu um caminhão de bombeiro, e eu nunca mais esqueci”, relatou.

Mãe de Gustavo, Carla Beatriz da Silva, não se surpreendeu com o talento do filho. “Ele costuma ser muito comportado, observador, e ficou todo entusiasmado com a ideia. É ainda uma criança, mas a gente fica muito feliz de ver que ele tem um caminho”, disse, orgulhosa.

Segundo a coordenadora de Língua Portuguesa/Literatura da Smece, Ana Raquel Pourbaix, os livros contendo histórias dos alunos “é uma das manifestações do compromisso que temos com o desenvolvimento do potencial leitor/escritor dos estudantes”.

Outras crianças que não tiveram a possibilidade de participar da autoria de livros realizaram contação de histórias dentro do Festival de Poesias promovido pela escola. Além de leituras e apresentações, houve um momento de recreação com presença do projeto Navegando na Poesia.

Fonte: Prefeitura de Campos.