Levar aos artesãos maior conhecimento sobre a história de Campos e incentivar a utilização dessa história no artesanato. Estes são os principais objetivos do seminário o “Artesanato, Cultura e Identidade Campista”, aberto nesta terça-feira (03) no auditório do Museu Histórico Municipal, com presença da vice-prefeita Conceição SantAnna. O evento é realizado até esta quarta (04_ pela diretoria de Programas e Projetos da secretaria municipal de Desenvolvimento Humano e Social (SMDHS), em parceria com o museu.
— O Brasil tem um dos artesanatos mais ricos do mundo, produzido em todo o país. E estou certa de que todos aqui, a partir de hoje, vão passar pelas ruas da cidade com um olhar mais atento aos detalhes do nosso patrimônio arquitetônico — disse a historiadora e gerente do Museu Histórico, Graziela Escoard, que fez a primeira palestra do dia. O tema abordado por ela foi “A importância do resgate cultural no artesanato”, em um relato da história campista desde a chegada dos portugueses.
Graziela lembrou que, na maioria das regiões do país, o artesanato reflete a cultura local, fruto do conhecimento e da valorização da própria história. E que o mesmo pode ocorrer em Campos, gerando identidade e demonstração de pertencimento. Proposta incentivada pela vice-prefeita.
— É uma excelente iniciativa. Termos que investir em outras vertentes para gerar renda e também consolidar nossa identidade — avaliou a vice-prefeita Conceição SantAnna.
Também marcou presença no primeiro dia do seminário o vice-presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), Fernando Leite Fernandes.
A artesã Elva Mota, que trabalha com “ponto cruz”, gostou da abordagem e disse que pode ampliar seu trabalho.
— Já faço peças retratando a Catedral de São Salvador, o Asilo da Lapa e mais alguns, mas posso ampliar utilizando outros citados aqui, como a Vila Maria e o Liceu, por exemplo — comentou.
À tarde houve palestras sobre “Alternativa de Geração de Renda”, com o vice-presidente da Companhia de Desenvolvimento do Município de Campos (Codemca), Marcel Cardoso, e “Empreendimentos Colaborativos”, com a empreendedora Aucilene Freitas. Além disso, foi aberta a exposição “Nosso Artesanato Sob o Olhar da Inclusão Produtiva”, que fica no museu até o próximo dia 20.
— Consideramos essencial trabalhar entre nossos artesãos essa questão da identidade cultural, levar a eles a compreensão da necessidade de valorizar nossa cultura e monumentos, e retratar isso em nosso artesanato — pontuou a diretora de Programas e Projetos da SMDHS, Catarina Barbosa.
O seminário continua nesta quarta com o superintendente da Ciência e Tecnologia, Romeu e Silva Neto, falando sobre “Sustentabilidade”; o consultor de modas Carlos Frederico abordando “Moda e Empreendedorismo”; e os historiadores Genilson Soares e Carmem Eugênia Sampaio levantando o tema “História, Identidade, Memória local”. Haverá ainda visita guiada ao Museu Histórico.