Ponto Final - Governo Rosinha furou o HGG para instalação de ar
29/11/2019 08:31 - Atualizado em 04/12/2019 17:12
Rosinha furou o HGG
Foram as intervenções feitas no teto do Hospital Geral de Guarus (HGG), para instalação de ar-condicionado split, no início do governo municipal Rosinha Garotinho, em 2009, que geraram o problema de infiltração de água de chuva no hospital. A coluna confirmou a informação, após o arquiteto do HGG, Victor Aquino, ter dito no programa Folha no Ar da última terça (26): “O HGG começou a funcionar e não vazava uma gota d’água. Só que quiseram mudar o sistema de ar-condicionado. E começaram a rasgar essa laje impermeabilizada com dutos para descer o ar-condicionado. A laje virou um queijo-suíço. A partir daí, nunca mais deixou de vazar”.
Infiltração começou em 2009
Perguntado em que gestão municipal ocorreram as intervenções que geraram o problema da infiltração da água de chuva no HGG, inaugurado em 2000, Victor Aquino não soube precisar: “Não quero ser leviano em dizer se ainda era Arnaldo, se era Mocaiber, se foi Rosinha”. Mas a coluna correu atrás e confirmou: foi logo no início da gestão Rosinha, nos primeiros meses de 2009. Foi quando o sistema central de ar-condicionado, hoje desativado, foi substituído por aparelhos de ar-condicionado split, perfurando a laje e manta de vedação do hospital, que no último dia 20 teve sete setores interditados por infiltração da água da chuva.
Doença, causa e sintomas
A instalação do novo sistema de refrigeração do HGG foi feita sem respeitar as normas da Resolução 50 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), do ministério da Saúde. A suspensão do atendimento clínico no HGG foi alegada como motivo às vaias ao prefeito Rafael Diniz (Cidadania), durante a inauguração do Guarus Plaza Shopping, no dia seguinte (21) à interdição. Mas a claque do deputado federal Wladimir Garotinho (PSD), presente ao evento, confundiu sintoma com a causa. No jargão da engenharia, o HGG é um “prédio doente”. E sua patologia foi adquirida logo no início dos oitos anos do governo Rosinha Garotinho.
Agenda com o presidente
Empresários da Federação Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) entregaram, ontem, ao presidente Jair Bolsonaro, em Brasília, estudo que destaca a necessidade de R$ 40,4 bilhões em investimentos em infraestrutura para que o Rio retome uma rota de desenvolvimento socioeconômico. Pela manhã, os 36 industriais de todo o estado, entre eles representantes do Norte e Noroeste Fluminense, se encontraram com parlamentares, para os quais apresentaram lista de pleitos específicos de suas regiões. O documento “Mais Rio, mais Brasil” foi recebido por Bolsonaro e pelo secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues Junior.
Documento
O documento “Mais Rio, mais Brasil” — que aponta as áreas prioritárias para o Estado — considera um horizonte de 2019 a 2026 para os seguintes investimentos: universalização do saneamento básico na Região Metropolitana (R$ 15,1 bilhões); extensão da Linha 2 do Metrô (Estácio-Praça XV), criação da Linha 3 (Niterói-São Gonçalo), finalização da estação da Gávea e ampliação da Linha Vermelha e da Via Light (R$ 11,4 bilhões); abertura de 213 mil vagas em creche e pré-escola (R$ 1,8 bilhão); criação de 114 mil habitações (R$ 10,9 bilhões); e abertura de 14 mil vagas em quatro novas unidades prisionais (R$ 1,2 bilhão).
Pleitos regionais
Entre os pleitos regionais do Norte Fluminense estão no documento a construção da EF 118 (Rio-Vitória) e a duplicação da BR 101. A ferrovia é considerada essencial para elevar a competitividade do Porto do Açu. Segundo os empresários, é fundamental que a obra seja iniciada pelo trecho do Rio de Janeiro em função do potencial de carga superior ao trecho do Espírito Santo. Já na BR 101, parte do trecho teve a obra interrompida em função de contrapartidas exigidas pelo ICM-Bio de difícil cumprimento e que oneram sobremaneira a duplicação.
Nova eleição
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro aprovou o calendário das eleições suplementares para prefeito e vice de Silva Jardim. Os candidatos eleitos no dia 8 de março exercerão mandato até 31 de dezembro de 2020. Estão aptos a votar na eleição suplementar eleitores que possuíam domicílio eleitoral no município em 9 de outubro de 2019, desde que estejam em situação regular. A partir de 31 de janeiro de 2020, último dia para apresentar o registro de candidatura, a 63ª Zona Eleitoral de Silva Jardim funcionará em regime de plantão aos sábados, domingos e feriados.
Charge do dia:
José Renato

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