Aluysio Abreu Barbosa
08/11/2019 21:36 - Atualizado em 22/11/2019 14:03
“Por pesquisa (a prefeito de Campos em 2020), hoje, quem se sobressai é o Caio Vianna (PDT) e o Wladimir Garotinho (PSD), na cabeça. Se a gente olhar uma qualitativa, o meu nome aparece muito bem, em função até de, entre os nomes colocados (como pré-candidatos a prefeito), eu ser um debutante em política e o mais desconhecido. Então, claro, se você tem um conhecimento menor, tem um potencial de crescimento absurdo. Por isso até há grande pressão de bastidores para que eu saia candidato. Se a eleição fosse agora, o segundo turno seria Caio e Wladimir Garotinho”. Foi o que disse no início da manhã desta sexta-feira o deputado estadual e pré-candidato a prefeito Rodrigo Bacellar (SD), durante entrevista que fechou o Folha no Ar 1ª edição da semana, na Folha FM 98,3. Perguntado sobre quem apoiaria, caso sua previsão se cumprisse ao segundo turno, o parlamentar não teve dúvida: “Apoiaria Caio, sem sombra de dúvida”.
Sobre a pré-candidatura à reeleição do prefeito Rafael Diniz (Cidadania), Rodrigo disse logo na sequência:
— Falei com ele: se realmente você pensa em reeleição, você tem que trabalhar muito rápido. Porque seu poder de recuperação só tem aí até o início do ano de verdade, que é março, quando voltam as aulas, volta a vida ao normal. Porque se não recuperar até ali, é natural, todo mundo sabe, a debandada é enorme. A gente sabe como é o poder público, seja com Rafael ou em qualquer lugar. Quando você não está indo muito bem, a coisa não se recupera, na reta final, quando vai começar o processo eleitoral, todo mundo pula.
Sobre o Restaurante Popular de Campos, na qual tem trabalhado junto com Rafael na união do governo municipal com a gestão estadual de Wilson Witzel (PSC), Rodrigo apostou na reabertura e deu prazo:
— O Estado está quebrado, o município está quebrado. Nada melhor que juntar os cacos de um com o outro para poder beneficiar o povo. Houve uma mudança na secretaria (estadual) de Assistência Social, que o governador (Witzel) nos ouviu, a gente tem andado muito junto. A gente que eu digo, é sempre o presidente (da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, Alerj) André Ceciliano (PT), que é o meu líder político, é uma pessoa a quem eu tenho estado muito próximo. Até porque está havendo um movimento da Alerj de abrir mão de parte da sua arrecadação, do seu duodécimo, retornando ao governo, para que desenvolva e mantenha algumas ações. Nessas reuniões conjuntas, eu pedi ao governador que deliberasse de maneira especial o Restaurante Popular de Campos, que começasse por aqui. E falei bem claro para o governador e assim será: todos os deputados da região estarão aqui presentes (na reabertura do Restaurante Popular). Não tem que ter: “Ah, eu sou o ‘pai da criança’”. Não tem essa palhaçada! Eu não sei se, por conta do fechamento do ano, já estamos quase na metade de novembro, mas se não sair até este ano, no mais tardar, até o primeiro trimestre do próximo ano.
O entrevistado também falou sobre uma versão de bastidor que dá conta de um acordo entre ele, André Ceciliano e Caio, em torno do apoio a este, para tentar se eleger prefeito de Campos em 2020. E, em troca, Rodrigo seria indicado como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Ele negou o acordo, mas admitiu a pretensão:
— Nunca existiu esse tipo de conversa. Conversa minha, de Caio e de Gil (Vianna, PSL, deputado estadual e também pré-candidato a prefeito de Campos) existia, falando sobre eleições (de 2020). Agora de Caio, envolvendo André (Ceciliano), nunca. Até porque Caio, ou qualquer prefeito que ganhe aqui as eleições do ano que vem, não tem ingerência alguma na escolha de novos conselheiros (do TCE). Não vou dizer que fujo disso, trabalhei lá por muitos anos, tenho um carinho especial pelo Tribunal, sou amigo e convivi com muitos dos conselheiros que hoje se encontram afastados (que chegaram a ser presos na operação Quinto do Ouro, da Polícia Federal), como tenho muito boa relação com os conselheiros atuais. Todo mundo sabe da minha paixão pelo Tribunal. Eu falo muito que eu estou deputado, mas sou advogado. E, de fato, isso já foi até falado na Casa (Alerj).