Virna Alencar
29/11/2019 17:56 - Atualizado em 11/12/2019 15:26
A reforma do barco de apoio aos pescadores, mantido pela Prefeitura de São João da Barra (SJB), gera polêmica em relação ao serviço prestado e o valor de R$ 122.300,00, repassado à empresa Exata Comercial e Serviços Eireli, que conta com contrato de um ano, conforme publicação, em portaria datada de 23 de outubro, no Diário Oficial desta sexta-feira (29). De acordo com a Prefeitura, o prazo para conclusão dos serviços na embarcação é de 90 dias. A informação foi publicada no Blog do Arnaldo Neto, hospedado em Folha1.
Segundo o presidente da colônia Z2 de Atafona, Elialdo Bastos Meirelles, existem contestações sobre o serviço prestado pelo barco de apoio do município desde sua aquisição, devido ao tamanho da embarcação, que muitas vezes nem passava pela foz, já assoreada (hoje fechada). Para ele, o melhor seria que a embarcação fique ancorada em local seguro, nas proximidades do Porto do Açu, com equipes de plantão em escala de revezamento. Dessa forma, caso acionado por pescadores, o barco não correria o risco de não conseguir passar pela foz.
“A reforma do barco é um anseio dos pescadores há cinco anos e só agora está sendo executado no atual governo. Os trabalhos começaram no último dia 24 de julho. Ele é muito importante para o resgate dos nossos barcos em situações de perigo em alto mar. O valor informado para a reforma do barco é alto e não inclui o motor, que está na oficina e precisa de reforma grande. Outro ponto é o local onde esse barco ficará ancorado. Ele não pode ficar em Atafona, porque aqui não vai servir para nada. Ele é muito grande e não temos barra para ele. Vou marcar uma reunião com a secretaria de Pesca e buscar contato com o Porto para tratar a questão, porque lá é fundo e a embarcação terá condições de sair a qualquer hora em apoio ao pescador”, declarou ressaltando que atualmente são 530 pescadores no município vinculados à colônia.
Por meio de nota, a Prefeitura de São João da Barra informou que “a reforma inclui toda parte de carpintaria e elétrica. A atual gestão encontrou o barco parado, em péssimas condições de uso. A previsão que as atividades do barco de apoio recomecem no primeiro trimestre de 2020”.
O secretário de Pesca de SJB, Analiel Vianna, esclareceu que na primeira licitação para reforma geral do barco de pesca não houve interessados, ou seja, foi uma licitação deserta. No segundo chamamento, três empresas participaram do processo licitatório: uma empresa fez proposta de quase meio milhão para reforma, a segunda ofereceu aproximadamente R$150 mil e a vencedora foi a Exata, com a proposta de R$ 122.300, que foi o menor preço.