Abdu Neme e Dante Pinto Lucas falam da reforma do HGG no Folha no Ar
29/11/2019 07:49 - Atualizado em 11/12/2019 12:56
Abdu e Dante no estúdio da Folha FM 98,3
Abdu e Dante no estúdio da Folha FM 98,3 / Genilson Pessanha
As primeiras etapas de obras para adequações no Hospital Geral de Guarus (HGG) começam nesta segunda-feira (2). A informação foi passada pelo diretor da unidade, Dante Pinto Lucas, e o secretário de Saúde de Campos, Abdu Neme, entrevistados desta sexta-feira (29) do Folha no Ar, da Folha FM 98,3. Eles também comentaram sobre a situação dos hospitais contratualizados e a perspectiva de repasse, ainda nesta sexta, de R$ 8 milhões para as unidades. A verba, oriunda do Estado, foi articulada pelo deputado estadual Rodrigo Bacellar (SD). Para obras na unidade, existe recurso de uma emenda federal do ex-deputado federal Paulo Feijó (PL), enquanto ainda não há definição sobre data para os R$ 5 milhões anunciados pelo governador Wilson Witzel (PSC), na última semana, quando esteve em Guarus.
As primeiras etapas das obras no HGG serão nos centros cirúrgico e de material e esterilização. Dante salientou que muitos “puxadinhos” foram feitos durante muitos anos e que os problemas de vazamento na laje já acontecem há muito tempo. Para Dante, a solução será a construção do que ele chama de um “telhadão” nos próximos meses. “A nossa proposta é transformar o HGG em um hospital de emergência, com aquele heliponto funcionando. Vocês podem ter certeza, o HGG que nós recebemos, não vai ser o HGG que nós vamos entregar”, afirmou Dante.
Responsável pelo projeto do hospital, o arquiteto Victor Aquino foi entrevistado nessa terça, no Folha no Ar, e afirmou que a solução seria uma consultoria, também, ao Instituto Brasileiro de Impermeabilização. Abdu e Dante lembraram que o problema é antigo e, só agora, Victor, que fez parte do governo Rafael Diniz (Cidadania), apresentou uma solução. No entanto, não dispensaram a ajuda. “É um maior prazer para a gente tê-lo lá como assistente da obra, ajudando. Estamos falando de coisa pública. A coisa é nossa, e ele é corresponsável pela coisa nossa. Estamos às ordens”, disse Abdu.
Além das questões para reforçar a emergência no município, o secretário de Saúde afirmou ser necessário continuar investindo em unidades básicas, para saúde preventiva. Ele também destacou ações como o “Marca Fácil”, criado para acabar com filas para marcação de consultas. Questionado se teria se arrependido de deixar a Câmara para assumir a secretaria, Abdu falou que não e nem sabe se retorna ao Legislativo para concorrer à reeleição:
—Nós estamos ajudando a fazer alguma coisa para melhorar a vida das pessoas. A gente entende que todo desafio, todas as escolhas, tem perdas e ganhos. Estou nessa. O que eu puder fazer nessas escolhas, se for para ajudar alguém, está ótimo.
Sem dinheiro — Os representantes dos hospitais contratualizados informaram, por volta das 18h desta sexta, que ainda não receberam nenhum repasse do governo. De acordo com o deputado Rodrigo Bacellar, o recurso foi depositado, mas, pelos trâmites bancários, levará três dias para cair na conta da Prefeitura e, posteriormente, ser repassado aos hospitais contratualizados.

Adaptações à nova realidade

Abdu e Dante também comentaram sobre a situação financeira do município, sobretudo com as consequências no atendimento da rede de saúde. “O caro do sistema é a emergência. Tenho visto algumas pessoas colocando aí que o HGG e o Ferreira gastam não sei quanto e que com isso faziam e aconteciam. Essa falácia é muito bonita. Quantos plantonistas eles têm? São três. E quantos tem no Ferreira? De 50 a 60 por dia”, disse Dante
A declaração de Dante é uma clara resposta ao posicionamento de representantes da rede contratualizada. E Abdu mostra pensar da mesma forma. “São muitas arestas que temos para resolver. Primeiro fazer com que os médicos entendam que os recursos que a gente tinha lá atrás, nós não temos hoje. Vamos cair na realidade, fazer com que os hospitais entendam essa realidade”, afirmou o secretário.
Dante lembrou de investimentos feitos na saúde na gestão Arnaldo Vianna, entre eles pontuou o próprio HGG. No entanto, ressaltou que a realidade financeira era outra e que é preciso mudar a gestão da saúde no município, sobretudo na relação com os hospitais contratualizados:
— Nós temos quatro grandes hospitais no município que são cofinanciados pelo município. Qual o papel da Santa Casa, do Álvaro Alvim, dos Plantadores e da Beneficência dentro do sistema de saúde? Cada um vai ter o seu papel e o co-financiamento dentro daquilo que o município precisa. Não dá para termos um serviço já bancado pelo município, que está no HGG, e comprar de um hospital (contratualizado) desses.
Confira a entrevista:
 
 
 
 
 
 

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