Os agentes do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase) entraram em greve na madrugada desta terça-feira. A decisão pela paralisação foi definida em assembleia na noite do dia 31. Ainda na manhã desta terça, adolescentes da unidade de semiliberdade Criaad Campos iniciaram um tumulto no alojamento, resultando em uma porta quebrada. A Polícia Militar foi acionada, mas não houve feridos e evadidos. No final do dia, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou que os agentes retomassem o trabalho em 24 horas.
Segundo o Sindicato da Categoria Socioeducativa do Rio de Janeiro (Sind-Degase), entre os motivos da paralisação, estão o Regime Adicional de Serviço (RAS), porte de armas, concurso público e progressões. O presidente do sindicato, João Rodrigues, afirmou que os agentes não foram atendidos em seus pedidos. “Agora estamos em greve e só paramos quando tivermos as causas atendidas”, declarou antes da decisão judicial.
Sobre a greve, o Degase informou que “garante manter seus serviços essenciais: saúde, alimentação, visitação e apresentação em audiência mediante a ordem judicial. Os serviços serão garantidos com o apoio dos servidores comissionados sob a coordenação dos diretores de cada unidade. Também foi oficiado à Secretaria de Estado da Polícia Militar informando sobre a paralisação”.
Decisão - O desembargador Claudio de Mello Tavares, determinou ontem que os servidores do Degase voltem ao trabalho dentro de 24 horas. Em caso de descumprimento da ordem, o Sind-Degase terá de pagar multa diária de R$ 400 mil. A decisão, com caráter liminar, acolheu pedido do Governo do Estado em ação movida contra o sindicato. (P.V.) (A.N.)