Análise feminina do Fla de Jesus
Aluysio Abreu Barbosa 04/11/2019 20:37 - Atualizado em 05/11/2019 14:44
No país de Marta — seis vezes escolhida pela Fifa como melhor jogadora do mundo recentemente conquistado pelos EUA da também craque Megan Rapinoe —, futebol é papo de mulher, sim, senhor. E ninguém no futebol brasileiro tem sido mais tema de papo que o Flamengo, líder isolado do Brasileiro e finalista, após 38 anos, da Libertadores. No dia seguinte ao time do treinador português Jorge Jesus massacrar o Corinthians no Maracanã por 4 a 1, duas flamenguistas entraram em campo no Folha no Ar 1ª edição, nesta segunda-feira, para falar do que conhecem — e jogam — melhor que muito marmanjo: a empresária e atleta de futevôlei Bianca Inojosa e a jornalista e atleta de futebol amador Maria Laura Gomes.
— Eu agradeço ao Jorge Jesus por ele conseguir tirar tudo de cada jogador. Antigamente, o Flamengo dependia muito de um só jogador. Hoje não. Você tem vários. Ontem, por exemplo, mesmo sem Gabigol (suspenso), Brunho Henrique conseguiu fazer três gols. Depois, o Vitinho (reserva que entrou no segundo tempo) conseguiu fazer mais um. Então o Flamengo hoje em dia não depende de um só jogador. Qualquer jogador que você colocar vai surtir efeito — ressaltou Maria Laura.
— É muito importante o trabalho de resgate que ele (Jorge Jesus) fez com jogadores como Arão. E agora a gente vê aquele golaço que Vitinho fez (o quarto). Nossa mãe! Antes o cara pegava a bola e sempre isolava. Agora, em um pequeno espaço, não precisou de distância, limpou o lance e fez um golaço. Acho até que o principal reforço que o Flamengo tem que manter, primeiro é o técnico. Ele está conseguindo resgatar muita gente. E o que o Corinthians sempre pregou, de ter a melhor defesa, tem Gil (zagueiro campista), que joga muita bola. Mas o Flamengo realmente deu um passeio — completou a tabela Bianca.
As duas consideram que, com apenas mais oito rodadas à frente e com oito pontos de vantagem sobre o Palmeiras, segundo colocado, a conquista do Brasileiro está praticamente definida para o Flamengo. Mas e a final da Libertadores contra o tradicional copeiro argentino River Plate?
— O River é preocupante. Mas outro dia eu vi em um programa do SportTV, que eles queriam ganhar do Boca (Juniors, adversário que baterem em dois jogos na semifinal) pela rivalidade. Tudo bem que não pode dizer que vai baixar a guarda. Mas acho que não vai jogar com essa disposição toda. Eu penso que (a tradição) pode pesar, já foi campeão ano passado, já tirou o Boca. Eles vão chegar lá querendo ganhar, são raçudos. Mas eu acho que o Flamengo tem uma grande chance de se sagrar campeão, sim — apostou Bianca.
— Eu acho que a gente tem que ter respeito total, porque o River é o River. Mas eu vi o último jogo deles (pela Libertadores) contra o Boca e não foi nada demais. Eles têm quatro Libertadores, são os atuais campeões, têm que ser respeitados. Só que eu acho que pelo que o Flamengo está jogando, o time está muito embalado. A gente tem possibilidade, sim, de ganhar. Mas a gente tem que ter o pé no chão — pregou Maria Laura.
A convidada desta terça-feira do programa será a secretária de Envelhecimento Saudável e Ativo Heloísa Landim. 

ÚLTIMAS NOTÍCIAS