Um século de história. Criada em 1922, a Diocese de Campos se prepara para comemorar seu primeiro centenário com a abertura do Triênio preparatório neste domingo (1º), no Instituto Dom Bosco (Salesiano), em Campos. A programação começa às 14h, com acolhida as paróquias, e será encerrada com missa às 18h, presidida pelo bispo diocesano Dom Roberto Francisco Ferrería Paz.
Após o pronunciamento de abertura feito por Dom Roberto às 14h, acontecerá uma apresentação da história dos 100 anos de fé e evangelização. Às 15h, apresentação do triênio preparatório e, logo a seguir, será divulgada a agenda das atividades de 2020. Às 16h, exposição e adoração ao Santíssimo, seguidas por Bênção do Santíssimo.
A trajetória da Diocese é marcada por um legado construído por religiosos que impulsionaram a implantação da fé católica na região. Tudo começa com os monges beneditinos que chegaram em 1648. Depois vieram os jesuítas, os franciscanos e as demais congregações religiosas.
Dom Roberto Francisco destacou que é um momento forte para reviver as raízes fundacionais e as identidades espiritual, religiosa e pastoral características, que constituem um legado e um dom para a igreja. Liderada por sete bispos (dois salesianos e cinco seculares), foi se desenvolvendo uma igreja particular.
Com o passar do tempo, formou-se um clero zeloso, sempre presente na vida pública. O padre Antônio Ribeiro do Rosário teve importantes papéis na educação, deixando como legado o Colégio Eucarístico, e na política, com um projeto que visava à defesa da vida e da dignidade humana. Foi de sua autoria o Banco de Sangue de Campos. Outro protagonista, o Monsenhor Severino deixou um testemunho generoso, cristalizado em inúmeras obras sociais e educativas. Em Itaperuna, destacou-se o padre Humberto Lindelauf, um visionário que marcou por sua fé e as obras realizadas na cidade.
— A vida consagrada dedicada, com um Carmelo muito presente e orante; a vida religiosa apostólica masculina, integrada pelos padres salesianos, redentoristas, arautos do evangelho e irmãos mercedários da Caridade; e a vida religiosa ativa feminina, animada pelas Filhas de Maria Auxiliadora, Irmãs do Bom Conselho, Santa Teresinha, Irmãs dos Anjos Adoradoras da Santíssima Trindade, Filhas da Caridade do Preciosíssimo Sangue, Carmelitas Servas dos Pobres, Missionárias de São José e Missionárias Servas de Javé Salvador — mencionou Dom Roberto Francisco.
São muitas as expectativas para a comemoração do centenário, representando o ciclo de caminhada histórica da Diocese.
— Um laicato forte e determinado reunido no Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB) na construção da identidade dos leigos para assumirem sua vocação de serem sujeitos eclesiais. O centenário encontrará uma igreja em processo de saída, misericordiosa, servidora e samaritana — concluiu o bispo titular.
História — A Diocese de Campos é uma circunscrição eclesiástica criada em 04 de dezembro de 1922, através da Bula “Ad Supremae Apostolicae Sedis Solium” do Papa Pio XI. Atualmente, o território da Diocese compreende as regiões Norte e Noroeste do estado do Rio de Janeiro.
Começo da fé na Baixada Campista — Em 1648, chegava a Campos o primeiro monge beneditino, iniciando a implantação da religião católica. Logo em seguida vêm os jesuítas, que constroem o Solar do Colégio. Parte daí todo o fortalecimento de fé, catequese e cultura. E de um legado de quase quatro séculos. E impulsionando o desenvolvimento de toda a região.
— Além do legado dos beneditinos e jesuítas, somam-se outros religiosos que deixaram marcas na construção de todo o processo que foi consolidado em 1922, com a criação da Diocese de Campos. E esse processo de construção se expande por todas as cidades do Norte e Noroeste do Estado do Rio de Janeiro — destacou Ricardo Gomes, assessor da Pastoral da Comunicação da Diocese de Campos. (A.N.)