Introdução aos nossos símbolos
ALBERTO Rosa Fioravanti 14/11/2019 14:50 - Atualizado em 26/11/2019 14:34
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O QUE É HERÁLDICA E VEXILOLOGIA?
Elas são as ciências que estudam, respectivamente, os brasões e as bandeiras. Entende-se por Heráldica a ciência social auxiliar da História, que se apresenta como um conjunto de sinais plásticos, ou uma representação simbólica de entidades individuais e coletivas.
Os Brasões têm como denominador principal o incremento socioeconômico Medieval, onde a diferenciação de documentos e a sua oficialização exigiam Selos com lacre que eram individualizados pela existência de Armas, sendo estas, muitas vezes, prêmios dados por serviços prestados ao Rei. Uma povoação, quando possuía jurisdição própria, tinha (e continua a ter) o direito de possuir símbolos de poder que a caracterizassem e a distinguissem de outras localidades. Esses símbolos de poder eram representados pelo uso da Bandeira que identificava Estado ou o Município nas cerimônias, pelo direito de adotar o selo que legitimava, através de autenticação da documentação proveniente das reuniões dos seus governantes e pela existência de um Pelourinho. Estes símbolos afirmavam, pois, a jurisdição própria da povoação e identificavam os valores instituídos por determinação real, bem como da aplicação de leis no tecido socioeconômico e cultural municipal. Assim, através da Heráldica de Domínio Estadual, os poderes conferidos pelas Cartas de Foral possuíam uma validade legal legitimada pela constituição de uma Bandeira, um Selo e um Brasão de Armas.
A utilização de determinados símbolos e cores como forma de identificar indivíduos, famílias, tribos ou clãs é um fenômeno universal e com raízes remotíssimas. É impossível determinar com rigor a data em que se deu início à prática de empregar símbolos como marcas de posse; ainda antes do seu aparecimento nos escudos, encontram-se emblemas proto-heráldicos em selos (de cera ou chumbo) e sinetes. A Heráldica é um aspecto particular desta tendência humana que se tornou, na Idade Média europeia, num sistema com regras precisas e aplicação generalizada.
Não existe uniformidade de opiniões entre os historiadores sobre o momento em que se pode situar o nascimento da Heráldica. Durante muito tempo foi corrente relacionar-se o início do uso de emblemas de natureza heráldica no Ocidente com as Cruzadas, devido ao contato com a cultura oriental. É um fato que a heráldica tem semelhanças com a simbologia árabe; por outro lado, os Cruzados empregavam a cruz, sob diversas formas, como forma de se reconhecerem, e a cruz é uma das peças heráldicas mais antigas; mas, para além de uma coincidência cronológica, não está provado que tenha sido com as Cruzadas que o mundo medieval adotou o sistema de identificação pessoal que se veio a tornar na Heráldica. Inclusivamente, os primeiros Cruzados já levavam consigo escudos pintados e emblemas heráldicos. Entretanto, uma teoria recente (de meados do século XX) faz recuar as origens da Heráldica para a invasão árabe no ano 711. Seja como for, parece indiscutível que o uso organizado e codificado de símbolos heráldicos apenas se verificou a partir do século XII, como resultado da evolução de símbolos e marcas de posse muito mais antigas.
O QUE É UM SÍMBOLO?
O termo símbolo (com origem no grego symbolon) designa um elemento representativo que está (realidade visível) em lugar de algo (realidade invisível) que tanto pode ser um objeto como um conceito ou ideia. O “símbolo” é um elemento difundido pelo quotidiano e pelas mais variadas vertentes do saber humano. Os dicionários ensinam que “símbolo é tudo aquilo que, por um princípio de analogia, representa ou substitui alguma coisa”. Por exemplo: “A balança é o símbolo da justiça”. E mais: “aquilo que, por sua forma e natureza, evoca, representa ou substitui, num determinado contexto, algo abstrato ou ausente”: “O Sol é o símbolo da vida”; “A água é o símbolo da purificação”. Ou ainda: aquilo que tem valor evocativo: “A cruz é o símbolo do cristianismo”.
O Brasil tem os seus símbolos nacionais, que são: a Bandeira Nacional, o Brasão da República ou das Armas Nacionais, o Hino Nacional e o Selo Nacional. Dentre tantas outras acepções, encontramos também: “Objeto material que, por convenção arbitrária, representa ou designa uma realidade complexa”; ou “A lei dos símbolos nacionais é explícita quanto à utilização da bandeira”.
Um Brasão de Armas Estadual não é uma logomarca de uma administração pública ou de uma empresa comercial, e não se transforma com as mudanças ocorridas pelo dinamismo do desenvolvimento e pelo crescimento institucional ou empresarial. A simbologia usada na esfragística municipal, por ter uma evolução paralela com a esfragística heráldica, veio logo a se confundir com esta, e deu lugar àquilo que mais tarde se chamou de armas da cidade, da vila, do distrito ou da freguesia. Por muitas vezes os selos de domínio, no passado, foram também influenciados pelas armas de alguma família ou de algum nobre local. Essa nova simbologia tomou o nome de “heráldica de domínio”, e que, segundo sua dimensão territorial de representatividade, pode ser nacional, estadual, municipal, distrital ou paroquial. O Brasão de Armas de um Estado é um símbolo de grande importância e valor para a cidadania, e deve perdurar no tempo e no espaço, e por isso sua concepção deve ser simples e levar em consideração àqueles elementos que, em um mesmo tempo, recordem seu passado, valorizem seu presente e projetem seu futuro. O conjunto heráldico completo, que tem o nome de escudo de armas ou brasão de armas ou simplesmente de armas, deve então ser entendido sob três aspectos: a sua natureza; olhando a forma como é ordenado; e tendo em vista os elementos que o compõem.
Podemos afirmar que a origem dos brasões de armas perde-se na bruma dos tempos, e considerando que eles se apoiam em simbolismos, se verifica neles influências religiosas, militares, supersticiosas ou heroicas, e econômicas. O Bem que existe dentro das profundezas de nossa própria natureza reflete a forte emoção que enche os nossos corações e que até traz lagrimas aos nossos olhos ao admirarmos o Brasão de Armas do nosso Estado, que, incorporado no pano de sua bandeira, tremula ao vento, ao lado da bandeira nacional. Isto não é uma emoção nova, e não representa um crescimento de poucas gerações, mas, como muitos escritores já cantaram em versos e em prosa, é uma herança que passa de geração em geração, desde as eras mais remotas e até mesmo antes que a história começou.
Alguns historiadores sugerem que as armas (brasões de armas) seriam tão antigas quanto o mundo, pelos escudos brancos e cruzes vermelhas que teriam sido trazidos por São Miguel Arcanjo e pelos Anjos que o seguiram na luta contra Lúcifer.
(*) Acadêmico
ACL informa:
Acadêmicos e Acadêmicas:
PRÓXIMAS SESSÕES DE NOVEMBRO E DEZEMBRO -2019
Dia 18 - NOVEMBRO - Segunda-Feira
19:00 horas
a) - SESSÃO Solene de POSSE dos cinco novos acadêmicos - Ana Raquel de Souza Pourbaix (Cronista), Cândida Maria Rebel Albernaz (Contista e cronista), Genilson Paes Soares (Pesquisador, cronista e artista plástico), João Záccaro Noronha (Jornalista e escritor) e Simone Teixeira (Pesquisadora, autora de pesquisas sobre Campos). - (Candidatos pela ordem de votação).
b) Momento lítero-musical (a pedido), com a apresentação de uma nova versão do Hino do Estado do Rio de Janeiro, com Pedro, Ivan e Victor, consagrados artistas.
c) Posse.
d) Saudação aos novos Acadêmicos.
e) Palavra dos empossados, pela ordem acima.
f) Homenagens.
g) Coquetel.
Entrada Franca
80 Anos de Cultura!
Observações: Cada orador tem até 10 minutos para falar sobre seu Patrono. /// Os acadêmicos e acadêmicas deverão comparecer com o Medalhão ou Botton da ACL. /// O presidente continua à disposição de todos para maiores informações. A ACL vai completar o seu Quadro de Efetivos (40), que há anos necessitava ser completado. /// O ar condicionado já está em pleno funcionamento.
Dia 25 - Segunda-Feira
19:00 horas
- Tradicional CIRANDA organizada pela acadêmica Heloísa Helena Crespo, como parte da Programação do Festival Doces Palavras (FDP!). Momentos poéticos e de homenagens. Entrada franca.
Dia 02 de DEZEMBRO - Segunda-Feira
19:00 horas
- REUNIÃO do Conselho Fiscal para exame da Prestação de Contas da atual Diretoria. Parecer. (Os membros serão convocados por e-mail).
Dia 09 - Segunda-Feira
19:00 horas
- ASSEMBLEIA Geral Ordinária - Eleição da nova Diretoria e Conselho Fiscal da ACL . (Instruções pelo Edital a ser divulgado).
Dia 16 - Segunda-Feira
19:00 horas
- POSSE Solene da nova Diretoria e Conselho Fiscal. Homenagens. Música. Coquetel. Entrada franca. - RECESSO.
(Programação sujeita a alteração se, ocasionalmente, fatos não previstos assim o determinarem)
Em tempo: Muito, muito obrigado aos acadêmicos e acadêmicas que estão colaborando (adimplentes) e até fazendo doações. A ACL agradece. Ela precisa de vocês! Aliás, de todos! /// A correspondência para os novos acadêmicos e convites já estão sendo expedidos. (HF)
Presidência: (22) 99978-3970.

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