Matheus Berriel
04/11/2019 18:42 - Atualizado em 11/11/2019 15:20
Criado em 2000 para homenagear campista de sucesso nacional e internacional, o Troféu Folha Seca será entregue pela 20ª vez nesta terça-feira (05). O homenageado desta edição será o compositor Aluísio Machado, que em 2020 emplacará o 14º samba de sua autoria no desfile do Império Serrano, este na Série A (grupo de acesso) do Carnaval carioca. Além do sambista ilustre, o evento de fim de ano da Folha da Manhã será abrilhantado pela Banda do Síndico, com um tributo a Tim Maia.
Dos nove músicos integrantes da Banda do Síndico, seis fizeram parte da antiga Vitória Régia, que acompanhava Tim Maia nos palcos: Tinho Martins (sax e voz), Silvério Pontes (trompete), Jeferson Victor (trompete), Toca Delamare (teclados e back vocal), Adriano Giffoni (baixo) e Paulinho Black (bateria). As exceções são o trombonista Jeferson Victor, o guitarrista Renato Piau e o vocalista Bruno Maia.
— A banda existe desde 2008. O Silvério Pontes, trompetista da banda, foi fazer um show dele em Juiz de Fora, e o empresário dele, chamado Etienne, perguntou por que não fazia um show com a Banda Vitória Régia — explicou o músico Tinho Martins. — Silvério voltou, me ligou e perguntou se não dava para a gente reunir a banda de novo. Fizemos a reunião, foi emocionante. A gente ligou para o empresário, ele fechou um show em Juiz de Fora. Fizemos o nosso primeiro show em 2008. Tinha um problema de quem vai cantar. Aí eu convidei o Bruno Maia, cantor que já tinha uma carreira bem solidificada aqui no Rio, e encaixou perfeitamente com a banda. A gente ensaiou e deu o maior pé, ficou todo mundo emocionado de tocar novamente o repertório do nosso mestre Tim Maia — comentou.
A apresentação no evento de fim de ano da Folha será mais uma oportunidade de levar ao público sucessos do Síndico, apelido de Tim eternizado pelo amigo Jorge Ben Jor na canção “W/ Brasil”.
— É impressionante como o Tim Maia, depois de 21 anos de sua morte, está presente no coração dos brasileiros de oito a 80 anos. Impressionante como as músicas dele ainda são sucesso até hoje, em qualquer festa se toca Tim Maia. E a gente teve esse privilégio. Eu trabalhei mais de 15 anos com o Tim Maia, tenho esse privilégio de ter aprendido muito com ele: um cara de uma voz que na black music não tem melhor. Juntou o swing brasileiro com o swing americano e fez esse sucesso todo, desde a década de 1970. E até hoje o Tim Maia é sucesso. O show vai ser maravilhoso. A gente agradece o convite — pontuou Tinho Martins.
Troféu Folha Seca — O objetivo da premiação é resgatar um pouco da memória, aplaudir exemplos de campistas de destaque nos segmentos onde atuam. O nome do troféu é alusivo ao primeiro premiado, o ex-futebolista Didi, bicampeão do mundo com a Seleção Brasileira em 1958 e 1962. De 2000 em diante, também foram homenageados: Tonico Pereira (TV, cinema e teatro), Ivald Granato (artes plásticas), Eucimar Oliveira (jornalismo), Karla Assed (dermatologia), Gilles (estética), Eraldo Leite (comunicação), Maria de La Riva (música), Hugo Aquino Filho (empresa), Cláudia Márcia de Azevedo Jacyntho (medicina), Paiva Brasil (artes plásticas), Amarildo Tavares da Silveira (futebol), Fernanda Motta (moda), Maria Lúcia Barbosa (ourivesaria), Carlos Alberto Boeschenstein (arquitetura), Zezé Motta (música e artes cênicas), Vilma Areas (literatura), Danilo Miranda (cultura) e Marcele Lemos (comércio exterior).
A entrega do Troféu Folha Seca a Aluísio Machado tem patrocínio do Grupo MPE, da Águas do Paraíba, Caixa Econômica Federal e Auto Viação Brasil. Apoiam o evento: Forte Telecom, Rad Med, Imbeg e Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima. Participações: Império Cerveja Puro Malte, Palace Hotel, BL Publicidade e Propaganda, Piccadilly Bar, Abertura Promoções, Chicre Cheme, Rogil Tour e Campos Cópia.