O Ministério Público (MP) estadual apresentou denúncia contra (Pros) e ex-assessores pela prática de “rachadinha” com o dinheiro de auxílio educação pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

De acordo com a promotoria, o dinheiro concedido para o pagamento de mensalidades de colégios particulares de filhos dos funcionários era desviado pelo gabinete do deputado. O esquema, segundo o MP, consistia no aliciamento de documentos de pessoas humildes e com grande quantidade de filhos para serem nomeados pelo deputado sem ter conhecimento. O benefício consistia em R$ 400 para cada criança e ficava com o político.

Uma ex-funcionária do deputado teria coletado provas durante um ano e entregou ao MP indícios do recolhimento de salários e benefícios de servidores por políticos. A testemunha também teria dito que foi ameaçada pelo ex-presidente da Alerj, Paulo Melo, atualmente preso por suspeita de corrupção.

Na última semana, o ministro Gilmar Mendes, do Superior Tribunal Federal, atendeu a um pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro e suspendeu todas as investigação contra o político. Flávio Bolsonaro sempre negou qualquer irregularidade, mas, no Caso Queiroz, ele foi alvo de uma investigação sobre a prática de “rachadinha” que teria acontecido no gabinete de Flávio na Alerj.

Em nota, a Alerj informou que as “denúncias referem-se a atos praticados há 11 anos, em 2008” e que, depois disso, as regras foram aperfeiçoadas.