Vereadores e equipe técnica concluíram os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Fundecam. O grupo se reuniu na Câmara Municipal de Campos no início da tarde desta quarta-feira (2). As conclusões iniciais foram apresentadas e aconteceram os últimos debates para a elaboração do relatório final.
A investigação já dura 120 dias e ouviu mais de dez pessoas. O vereador Jorginho Virgilio (Patri), que preside a Comissão, e os demais membros do colegiado, Abu (Cidadania), Luiz Alberto Neném (PTB), Silvinho Martins (Patri) e Paulo Arantes (PSDB), também estiveram presentes.
Jorginho considerou positivo os trabalhos da CPI do Fundecam e disse que o principal objetivo é recuperar cerca de meio bilhão de reais do suposto rombo no fundo entre as gestões dos ex-prefeitos Arnaldo Vianna (PDT), que criou o Fundecam em 2001, até o fim do governo Rosinha Garotinho, em 2016.
"A equipe técnica fez uma apresentação das conclusões iniciais do relatório. Tivemos um momento de ajustes e debates junto aos vereadores no sentido de encaminhar para a versão definitiva do relatório final que será apresentado na sessão", afirmou o advogado William Machado, acompanhado do economista Alexandre Said Delvaux.
A apresentação no plenário ainda não tem uma data definida, mas a proposta da comissão é que ocorra nas próximas sessões. "Agora é só aguardar a disponibilização de pauta por parte da presidência", falou o advogado.
"Seguimos todos os protocolos regimentais, desde que realizamos uma audiência pública sobre o tema em 20 de agosto do ano passado. Um trabalho que está concluído, mas que precisou de muita dedicação", comentou Jorginho.
O vereador lembra, ainda, que tudo começou quando recebeu em seu gabinete denúncias. "Imediatamente oficiamos o presidente do Fundecam, que me forneceu todos os números, os nomes das empresas e como estava o andamento desses processos. Depois de conversamos também com o Ministério Público, tivemos a ideia de realizar a audiência e colher mais dados para a CPI. Após a conclusão do nosso trabalho, o relatório final será enviado ao Ministério Público, Justiça e outros órgãos de controle", ressaltou Jorginho. (A.N.) (A.S.)