Cineclube Goitacá exibe Anna Karenina nesta quarta (16)
15/10/2019 16:49 - Atualizado em 17/10/2019 13:56
Divulgação
Baseado no romance homônimo de Liev Tolstoy, o filme ”Anna Karenina” (2012) será apresentado nesta quarta-feira (16) no Cineclube Goitacá pelo psicanalista, dentista e ator Luiz Fernando Sardinha. A sessão gratuita está marcada para as 19h, na sala 507 do edifício Medical Center, situado à esquina das ruas Conselheiro Otaviano e 13 de Maio, no Centro de Campos. Duração: duas horas e 10 minutos.
Interpretada no cinema pela britânica Keira Knightley, Anna Karenina vivia em um casamento de plena submissão, já tendo um filho com o marido, Alexei Karenin (Jude Law). O relacionamento começa a ficar abalado após ela conhecer um militar, o Conde Vronsky (Aaron Taylor-Johnson), por quem, apesar da tentativa inicial de resistir, acaba se apaixonando intensamente. Adaptado para a telona por Tom Stoppard, o roteiro se desenrola a partir da traição, seguida pelos julgamentos da alta sociedade russa.
— É muito interessante que o diretor Joe Wright, os críticos até falam um pouco mal do que ele fez, mas ele conseguiu colocar na tela o jeito que o Leon Tostói via a sociedade russa um pouco antes da Revolução Russa, que foi em 1917. “Anna Karenina” foi escrito no final do século XIX, mas a Rússia vivia uma pura aristocracia, como se tudo fosse uma peça sendo encenada em um palco. E esse diretor, o Joe Wrigtht, faz um filme que a gente assiste achando que está assistindo a uma peça. É um filme teatralizado. Muito interessante também que o roteirista conseguiu adaptar dessa forma. Tem algumas cenas externas, mas a maioria se passa em um palco de teatro. É muito interessante: como se toda a população vivesse um mundo de glamour, onde tudo é muito belo, mas onde os conflitos humanos surgiam de uma forma muito intensa — analisou Luiz Fernando Sardinha.
Além da hipocrisia presente na alta sociedade russa, a desigualdade social apresentada em cenas do filme fez com que o apresentador traçasse um paralelo com a realidade brasileira.
— Na Rússia, também, a grande desigualdade fluía com relação a essa aristocracia e o povo do campo. Isso também aparece no filme, dá para se notar bem. As cenas externas se passam meio comparando o campo com o meio em que Anna Karenina vivia, do glamour e de toda essa teatralização que existia na época — comentou Sardinha.
Os aspectos visual e musical têm destaque no longa-metragem. “Anna Karenina” recebeu quatro indicações ao Oscar 2013. Além de melhor figurino, categoria em que Jacqueline Durran faturou a estatueta, também foi indicado em melhor trilha sonora, direção de arte e fotografia. (M.B.) (A.N.)

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