A 21ª rodada do Campeonato Brasileiro, que terminou na quinta-feira, ceifou quatro treinadores. A última vítima foi Oswaldo de Oliveira. O Fluminense anunciou a demissão do treinador no início da tarde desta sexta-feira. O auxiliar-técnico Marcão será o comandante do tricolor carioca na partida contra o Grêmio, domingo, às 16h, no Maracanã. Antes de Oswaldo, foram demitidos na última rodada Rogério Ceni (Cruzeiro), Cuca (São Paulo) e Zé Ricardo (Fortaleza).

A demissão de Oswaldo de Oliveira ocorreu após o empate em 1 a 1 com o Santos na última quinta. A partida foi marcada pela áspera discussão entre o técnico e o meia Paulo Henrique Ganso. Após a substituição do camisa 10, os dois trocaram ofensas e tiveram que ser apartados por jogadores e membros da comissão técnica. Além disso, no final do jogo Oswaldo respondeu a protestos da torcida com um gesto obsceno.

Oswaldo assumiu o Fluminense no dia 20 de agosto. O técnico comandou a equipe em sete partidas, seis pelo Campeonato Brasileiro e uma pela Sul-Americana. No Brasileirão foram duas vitórias, um empate e três derrotas. Ele deixa o clube na 16ª posição, com 19 pontos.

Em nota divulgada, o treinador disse que sai do clube com o Fluminense fora do Z4 e que segue na torcida para o tricolor permanecer na Série A. Oswaldo afirma que o gesto obsceno na saída para o vestiário foi uma resposta a três ou quatro torcedores que ofenderam sua família. Ele também diz que não aceita atitudes desrespeitosas dentro de campo e que, em 44 anos de profissão, nunca passou por problemas com nenhum atleta.

O Fluminense puniu Ganso pela discussão com Oswaldo de Oliveira. A diretoria divulgou nota oficial informando que “a atitude do jogador foi incompatível com o que se espera de um atleta do clube, razão pela qual está aplicando a penalidade pecuniária sobre o salário e advertência funcional”.