O reajuste nos preços da venda de gasolina e óleo diesel de refinarias para distribuidoras já está em vigor. Os valores foram atualizados desde quinta-feira após a Petrobras anunciar, na noite anterior, a alteração devido ao ataque a refinarias na Arábia Saudita. O litro da gasolina foi reajustado em 3,5% e o do diesel, em 4,2%. Em postos de Campos, no entanto, os combustíveis ainda não sofreram mudanças de valores nas bombas.

O economista Alexandre Delvaux analisou que os impactos do reajuste dos preços dos combustíveis são variados e podem alterar não apenas as vidas e o consumo das famílias, mas também a logística de transporte e distribuição de diversos produtos disponíveis no mercado.

— A renda está em queda e há muita gente desempregada. E são dois produtos importantes na cadeia produtiva, principalmente o óleo diesel, cujo reajuste impacta todos os demais produtos, já que praticamente todas as mercadorias são transportadas e um dos itens de custo mais importantes do transporte é o óleo. Outro problema é: como a economia vive uma queda de demanda, pode ser que as empresas não consigam repassar esse aumento de custo para o preço dos produtos. Aí, impacta na margem de lucros das empresas. Mas vale lembrar que essa é a política da Petrobras: realinhar preços. E, com o problema geopolítico na Arábia Saudita, o aumento do barril impôs essa necessidade de reajuste — explicou.

Em relação ao preço da gasolina, o economista aponta que, apesar de ter havido queda no consumo devido à diferença do preço entre o preço do combustível e do etanol, a alteração no valor também compromete a capacidade de consumo das famílias.

— As pessoas que usam acabam tendo despesa adicional resultado do aumento de preço do combustível e deixam de comprar outras coisas. Muitas delas vão procurar alternativas — finaliza.