O Rio deverá se beneficiar com os impactos da crise na Arábia Saudita, alvo de ataques em algumas de suas refinarias, que gerou aumento na cotação do petróleo. Só no último domingo, o barril da commoditie saltou para de US$ 60 para US$ 70.

Para o consultor Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, “o grande beneficiado com o aumento do preço do barril será o Rio, com uma grande elevação na arrecadação dos royalties”, afirmou à coluna do Ancelmo Gois, no jornal O Globo.

Em Campos, o economista José Alves de Azevedo prevê que, a curto e médio prazo, há uma expectativa de aumento, o que terá impactos na economia local com melhor arrecadação em royalties e participações especiais.

— O prefeito Rafael Diniz, dentro da Lei Orçamentária enviada agora à Câmara, faz uma estimativa de arrecadar R$ 617 milhões em royalties em 2020. Ele tem uma previsão de investimentos de R$ 42 milhões. Creio que com esta alta no barril de petróleo, haja uma arrecadação adicional de R$ 50 milhões, suficiente para que se invista um total de R$ 92 milhões em obras públicas, contribuindo para reaquecer a economia de Campos — analisou.

O superintendente de Petróleo, Gás, Biocombustíveis e Tecnologia de São João da Barra, Wellington Abreu, tratou da permanência dos efeitos de instabilidade no Oriente Médio.

— Por enquanto é apenas um avanço pontual e temos que ver por enquanto se estes valores irão permanecer pois os maiores produtores de petróleo do mundo possuem reservas de contingenciamento prevendo essas situações. Vamos ver até quando haverá fôlego para segurar os preços e se não teremos mais incidentes no Oriente Médio, inclusive com o começo de uma guerra a qualquer momento. Os reflexos desta alta serão vistos nos royalties com repasses previstos para novembro. Queremos muito o aumento do preço do barril de petróleo, mas não com o custo de vidas humanas — ponderou. (A.N) (P.R.P.P.)