As vendas do etanol hidratado registraram aumento de 33% no país neste primeiro semestre, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo informações da Agência Nacional do Petróleo e Gás (ANP). Em Campos, as duas usinas praticamente destinaram a totalidade de sua cana nesta safra para a produção do combustível. A Destilaria Canabrava somente produz álcool, enquanto a da Cooperativa Agroindustrial do Estado do Rio de Janeiro (Coagro) irá direcionar 85% de sua cana para produzir etanol.

— Isso reflete como o álcool hidratado é um combustível competitivo, renovável e ecologicamente correto. E que o Brasil esta no caminho certo. Tanto que os Estados Unidos são o primeiro produtor de etanol, nós somos o segundo. E 65% da produção da cana no país hoje vai para o etanol — analisou o presidente da Coagro, Frederico Paes.

Os preços do etanol contrastam com os preços do açúcar, cuja cotação é ditada pelo comportamento do mercado internacional.

— O etanol hoje está com um preço bom nas bombas para o consumidor e com uma remuneração razoável para o produtor. A cana registra um ciclo de preços baixos no mercado internacional. Este cenário deve ser mantido nesta e na safra de 2020 — acredita Frederico.

Além dos preço mais razoável, Frederico Paes destaca a melhora no funcionamento dos carros flex.

— O consumidor percebe a economia que o motor do carro flex consegue produzir, desmistificando aquela tese de que o carro consome mais quando é abastecido com o etanol. Com a evolução tecnológica dos motores, especialmente quando o veículo é de 1 mil e até 1.800 cilindradas, é compensador o uso do etanol — concluiu Paes.

Frederico lembrou que a safra deste ano será mais curta, devendo se encerrar este mês, em razão dos esforços do produtor no plantio de cana para a próxima safra, que promete ser bem mais farta.