Entre 18 de novembro e 30 de janeiro, um dos personagens do Walt Disney World Resort será vivido por uma campista. A estudante Jade Quitete Aquino, de 18 anos, foi selecionada para trabalhar no time de entretenimento do parque temático em Orlando, nos Estados Unidos, através do intercâmbio Walt Disney World International College Program (ICP), destinado a universitários. Embora ainda não tenha sido informada sobre a fantasia de qual personagem irá usar, Jade tem como possibilidades figuras conhecidas da criançada, como o Mickey, a Minnie e o Stitch.

Cursando faculdade de psicologia, a campista não alimentava um sonho de trabalhar na Disney, embora já tenha visitado tanto o parque de Orlando quanto o Disneyland Resort, em Paris (FRA), ambos na adolescência.

— Nem sabia que existia esse programa. Eu já tinha visto uma menina que sigo no Instagram, mas não tinha entendido. Depois, outra estava trabalhando, e um garoto que conheci no Lolapalooza também. E aí eu falei: “nossa, que legal”. Estava em Guarapari, comecei a pesquisar sobre, vi que eu me encaixava nos requisitos e decidi tentar. Foi uma coisa bem espontânea, não tive um sonho da vida inteira de trabalhar na Disney, nada assim. Muita gente tem. Mas eu descobri e, como gosto da Disney, achei uma oportunidade legal passar dois meses lá — contou.

Desde a inscrição no projeto, Jade e os demais classificados precisaram fazer duas entrevistas em inglês em determinadas capitais brasileiras: uma com representantes da agência de intercâmbio responsável pelo programa e a outra com equipes da própria Disney. Ambas da campista aconteceram em São Paulo. Nas entrevistas, os candidatos são questionados sobre a preferência pela área para atuar, mas a escolha final é da empresa, que faz a divisão de acordo com os perfis. Das seis categorias possíveis, Jade foi escolhida para character performer, exatamente a que desejava.

Com 1,54m de altura, a estudante alimenta a possibilidade de “ser” Stitch, o inseparável companheiro da menina Lilo no desenho que leva o nome de ambos. Além de ser um dos seus personagens favoritos, Jade pretende oferecer ao público a mesma interação de quando teve contato com ele pela primeira vez.

— Foi muito legal a minha experiência, como cast, de conhecer o Stitch. Tive oportunidade de no momento ser um character performer que me deu muita atenção e uma character attendant que foi muito fofa comigo também. Eu e minha prima estávamos na fila bem na hora da troca, porque os personagens ficam meia hora e depois tem uma troca, eles saem e voltam — comentou.

Antes de vestir a fantasia escolhida pelos responsáveis, a campista passará por um treinamento com informações da Disney e características do próprio personagem ao qual for dar vida, recebendo instruções, por exemplo, sobre a forma de se movimentar. Tudo para fazer bonito frente aos visitantes, com quem passará o Natal e o Réveillon.

— Poder fazer esse trabalho vai ser completamente diferente. Vai ser uma experiência muito, muito mágica, tanto para as pessoas que vão estar tendo contato comigo quanto para mim. É uma coisa muito interessante você poder estar nesse papel específico que vou estar fazendo. Você entra em contato com muita gente diferente o dia inteiro. Brasileiros só podem fazer characters que têm cabeça, sem falar. Você não pode ser uma princesa, só se for americana, pela questão do sotaque mesmo, e porque há um treinamento mais extenso — explicou.

Mesmo ainda tão nova, Jade terá em breve uma empresa respeitada em seu currículo. E já virou uma incentivadora dos amigos, estendendo o estímulo a jovens que não conhece: “Acho legal falar para as pessoas pesquisarem, tentarem ver, porque é uma experiência muito legal e uma grande oportunidade”.