Matheus Berrie
20/09/2019 20:19 - Atualizado em 25/09/2019 14:20
Autor de músicas como “Andança”, sucesso na voz de Beth Carvalho, e “O bem e o mal”, trilha sonora da minissérie “Riacho Doce”, da Rede Globo, o cantor e compositor carioca Danilo Caymmi deixará sua obra em segundo plano nesta noite por um motivo nobre. Marcado para as 21h, o show que ele fará no Teatro Municipal Trianon, em Campos, será um tributo ao pai, o baiano Dorival Caymmi, que teria completado 105 anos de vida em março. Haverá uma participação especial do cantor e compositor campista João Damásio. O evento tem apoio do Grupo Folha de Comunicação. Ingressos a R$ 80 e R$ 40 (meia-entrada) na bilheteria do Trianon e pelo site megabilheteria.com.
Lançado em julho do ano passado, no Festival de Inverno de Garanhuns, o espetáculo “Viva Caymmi” é uma parceria de Danilo com o empresário Nilson Raman e o maestro Flávio Mendes, que eram produtores da multiartista Bibi Ferreira e desejavam que ela protagonizasse um tributo ao compositor de “O que é que a baiana tem?”, “Samba da minha terra” e “Maracangalha”. Foi de Bibi a ideia de Danilo Caymmi homenagear o pai, falecido aos 94 anos em 2008.
— A Bibi ia fazer “Bibi Canta Caymmi”. Mas, ela já não queria mais trabalhar, há pouco tempo isso, e sugeriu meu nome para fazer. Eles me ligaram, eu aceitei, e ficou uma forma de espetáculo muito bacana. Segue uma ordem cronológica da vida dele, que permeou o século XX inteiro. Viu coisas como fechamento de cassino, que abalou muito a classe artística; os anos dourados em Copacabana; também o início da Bossa Nova, a Tropicália, e por aí vai. Nesse formato do show “Viva Caymmi”, ele conta essas histórias, eu faço as ilustrações musicais e conto também o lado B das coisas, histórias muito engraçadas da vida dele que só eu sei mesmo, que convivi. Além de meu pai, era muito amigo também — disse Danilo.
Uma destas histórias foi a tentativa de uma mulher em mudar a letra de “Maracangalha”, escrita no ano de 1957, com o objetivo de ser ela própria homenageada na canção.
— Quando ele fez “Maracangalha”, que a gente estava morando em São Paulo, tinha uma vizinha... A música fala: “Se Anália não quiser ir, eu vou só, eu vou só, eu vou só...”. Papai estava fazendo a música, e ela falou: “Seu Dorival, será que não dá para tirar Anália e colocar Sinira?”, que era o nome dela (risos). Uma interferência... É uma das coisas. “Maracangalha” tem outras histórias também muito bacanas. Mas, é só dando um pulinho lá (no show) — comentou o artista.
As canções mais famosas de Danilo Caymmi aparecem na parte final do espetáculo, como um bônus ao público. Se apresentar em Campos não será uma novidade para ele, que revelou ter grande apreço pela cidade:
— Eu canto (músicas minhas) lá no finalzinho, no bis. E também tenho o costume de receber, falar com as pessoas, enfim. No início de carreira, trabalhei em Campos, nos anos 1990, e foi muito bom. Sei que tenho fãs aí, e é uma oportunidade de ver esse show, que não é porque é meu, mas está muito bom.
utor de músicas como “Andança”, sucesso na voz de Beth Carvalho, e “O bem e o mal”, trilha sonora da minissérie “Riacho Doce”, da Rede Globo, o cantor e compositor carioca Danilo Caymmi deixará sua obra em segundo plano nesta noite por um motivo nobre. Marcado para as 21h, o show que ele fará no Teatro Municipal Trianon, em Campos, será um tributo ao pai, o baiano Dorival Caymmi, que teria completado 105 anos em março. Haverá uma participação especial do cantor e compositor campista João Damásio. O evento tem apoio do Grupo Folha de Comunicação. Ingressos a R$ 80 e R$ 40 (meia-entrada) na bilheteria do Trianon e pelo site megabilheteria.com.