Um dos personagens mais marcantes de Sylvester Stallone ao lado do boxeador Rocky Balboa, o ex-combatente John Rambo volta nesta quinta-feira (19) às telonas após 11 anos. Dirigido pelo cineasta estadunidense Adrian Grunberg, o quinto e último filme da saga estreia no Brasil um dia antes de entrar em cartaz no Estados Unidos. No Kinoplex Avenida, cinema do shopping Avenida 28, em Campos, haverá sessões dubladas às 16h40 e 18h50, e uma legendada às 21h, todas na sala 3. A duração é de uma hora e 29 minutos. Classificação: 18 anos.
Desde sua estreia, há quase quatro décadas, Rambo tornou-se uma das franquias de filmes de ação mais emblemáticas de todos os tempos. Em “Rambo: Até o Fim” (Rambo V: Last Blood, 2019), o tempo passou para o protagonista, que agora vive recluso em um rancho na fronteira entre os Estados Unidos e o México. As lutas violentas de sua vida ficaram para trás, deixando marcas irreparáveis. No entanto, quando uma jovem amiga da família é sequestrada, Rambo precisa confrontar seu passado e reviver as habilidades de combate para enfrentar um dos mais perigosos cartéis mexicanos em uma missão final.
O próprio título original do filme indica um desfecho para a saga, inaugurada em 1982 com “Rambo: First Blood”, “primeiro sangue” na tradução literal, embora no Brasil a produção tenha sido divulgada como “Rambo: Programado para Matar”. Desde então, passaram pelo grande circuito do cinema “Rambo II — A Missão (Rambo: First Blood Part II, 1985), “Rambo III” (1988) e “Rambo” (2008), este tendo o próprio Sylvester Stallone como diretor.
— Com Rocky e Rambo, um pugilista e o outro veterano do Vietnã, o Stallone meio que repagina o cowboy de John Wayne, que foi a personificação do homem, do macho, do herói masculino dos filmes de John Ford — opinou o jornalista e cinéfilo Aluysio Abreu Barbosa, diretor de redação da Folha da Manhã. — John Rambo é o homem americano que ainda é herdeiro desse símbolo do macho de John Wayne, Steve McQueen, Lee Marvin, Charles Bronson, Clint Eastwood... Ele é pré-politicamente correto e tem que lidar com algo que os Estados Unidos nunca tiveram que lidar: a derrota em uma guerra. Então, ele personifica esse homem. Está no hiato, na passagem do mundo dos anos 1940, 1950, 1960 e 1970 para os anos 1980, 1990, 2000, e aí vem o politicamente correto. E é um homem que não tem uma vitória na guerra para contar. Para eles, isso é muito importante. Ele tem uma derrota — pontuou Aluysio.
Atualmente com 73 anos, Sylvester Stallone divide o roteiro do quinto filme com David Morrell, Michael Kozoll e William Sackheim, além de viver mais uma vez o ex-combatente. Paz Vega e Sergio Peris-Mencheta também integram o elenco.
— O personagem Rocky bebe muito da personalidade do Muhammed Alli. O “Rocky” (1976) é uma luta que Muhammed Alli fez contra um cara desconhecido, chamado Chuck Wepner. O Apollo Creed é o Muhammed Alli, e o Chuck Wepner era o Rocky, uma mistura do Chuck Wepner com o Rocky Marciano, que foi campeão de fato nos anos 1950. Muhammad Alli foi o maior herói real dos Estados Unidos nesse tempo, e ele desertou da guerra. Estamos falando de um país que dá valor à sua atuação em guerra, num período que tem como seu maior herói real um desertor da guerra. É complicado. Vamos ver como ele (Stallone, dirigido por Adrian Grunberg) vai fechar a série (“Rambo”). Mas, a conta que ele tem que fechar, ficção à parte, é impossível ser fechada na realidade — afirmou Aluysio Abreu Barbosa.
Também em cartaz — Outra estreia desta quinta no Kinoplex Avenida é o drama “Depois do Casamento” (After the wedding, 2019), dirigido por Bart Freundlich. No roteiro, a gerente de um orfanato em Calcutá, na Índia, luta para manter o estabelecimento funcionando. Desesperada por dinheiro, ela acredita ter encontrado a benfeitora perfeita (Julianne Moore), dona de empresa multimilionária. Porém, para receber o dinheiro, precisa viajar até Nova York e conhecer a mulher por trás da riqueza, em meio a uma pomposa celebração matrimonial. Chegando ao local, a gerente não consegue disfarçar os segredos que a unem ao marido da empresária. Duração: uma hora e 52 minutos. Classificação: 12 anos. Sessões legendadas às 16h10 e 21h10, ambas na sala 5. (M.B.) (A.N.)