Presidente do diretório municipal do DEM em Campos, o ex-deputado Pastor Éber Silva está de olho em uma cadeira na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) após as eleições municipais do ano que vem. Com 20.103 votos em 2018, o político não foi eleito, mas ficou com a segunda suplência da legenda.

Para conseguir um lugar no Palácio Tiradentes – sede da Alerj – Éber Silva conta com a aproximação do partido com o Governo do Estado. O governador Wilson Witzel ainda não possui uma base sólida no Legislativo e a informação é de que negocia a nomeação de uma secretaria com o partido. O DEM conta com seis deputados estaduais e o objetivo da legenda é comandar a importante pasta das Obras. Uma eventual indicação de um parlamentar abriria vaga para o primeiro suplente Milton Rangel.

— Também contamos com um bom desempenho eleitoral em 2020. Existe a possibilidade alguns de nossos deputados estaduais se candidatarem, como o Dr. Deodalto em Seropédica e o Carlo Caiado no Rio de Janeiro. Se um de nossos deputados for eleito para prefeito, abriria um lugar para o segundo suplente, que sou eu — declarou Éber.

Quatro anos antes, na eleição de 2014, Pastor Éber Silva também ficou na suplência, mas pelo PR, com 21.199 votos. Pelo mesmo partido, Gil Vianna obteve 22.334 votos e assumiu uma cadeira na Alerj durante a legislatura, mas depois migrou para o PSB. Durante todo o período, o pastor travou uma batalha jurídica para tentar cassar o mandato de Gil por infidelidade partidária.

A decisão final da Justiça Eleitoral só saiu em março de 2018 e deu ganho de causa a Éber Silva. Porém, com os trâmites legais e recursos pendentes, não houve tempo hábil para ser empossado.

Campos – De acordo com o o presidente do diretório, a situação do partido no município em relação a próxima eleição ainda é indefinida. Um dos homens fortes do prefeito Rafael Diniz (Cidadania) é o superintendente de Abastecimento e ex-vereador Nildo Cardoso (DEM).

— O Nildo foi presidente do partido e está no governo Rafael. Ele continua e não tem nenhum problema, mas é uma opção pessoal dele. Hoje, oficialmente, o partido está neutro. Os rumos para 2020 ainda serão definidos em uma reunião com o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) nas próximas semanas. Mas independente de como o partido vai encaminhar, nosso objetivo é ter uma ótima nominata e eleger pelo menos três vereadores — finalizou.