O governador Wilson Witzel (PSC) teve agenda, nesta segunda-feira, com a bancada fluminense na Câmara dos Deputados e no Senado. Dos 46 parlamentares do estado, apenas nove compareceram ao encontro, no Palácio Guanabara. Entre eles, estiveram dois da região: Christino Áureo (PP) e Clarissa Garotinho (Pros). Entre os assuntos discutidos na reunião esteve a aplicação de emendas parlamentares em projetos do Governo do Estado.
— O governador nos chamou ao Palácio Guanabara para definirmos áreas prioritárias para aplicação dessa verba. Os recursos irão para a área de Saúde, Segurança Pública e Educação. Por enquanto, os planos de trabalho são amplos, mas o Governo do Estado estará nos enviando os projetos para que cada deputado coloque dentro do sua cota no orçamento do executivo federal — disse Christino.
Segundo o jornal O Globo, entre os projetos apresentados aos deputados na área de Segurança Pública está o de aquisição de colete de proteção balística no valor de R$ 40 milhões e a compra de pistolas Glock calibre .40, também orçado em R$ 40 milhões.
Há, ainda, projeto para adquirir hardware e software para emprego ações de inteligência policial “com solução de extração de dados, quebra de senhas e armazenamento em nuvem para telefones celulares do tipo smartphone com sistema operacional Android e IOS” (valor de R$ 5 milhões) e aquisições de sete scanners fixos com balança integrada (R$ 57,4 milhões).
No entanto, durante a reunião também houve um momento de tensão quando Clarissa Garotinho falou sobre a insatisfação de parte da bancada com a liderança do deputado Hugo Leal (PSD). De acordo com Clarissa, “Hugo teve dificuldade de se reeleger como coordenador da bancada justamente porque usava alguns métodos que a bancada discordava. Eu só comentei o que aconteceu na semana passada em Brasília, na reunião da bancada em que mostramos que queremos uma interlocução direta com o estado, com o governador e os secretários. A bancada não quer um intermediador. Ele ficou chateado, evidentemente, porque ele quer ser o interlocutor”.
Por outro lado, Hugo Leal respondeu dizendo que “também não meu papel ser fiscal de deputado. A insatisfação deve vir de suas experiências políticas pessoais. Não tenho nem nunca tive este papel de interlocutor”. (A.S.) (A.N.)