Candidatos à reitoria da Uenf participam de debate
Daniela Abreu 20/08/2019 23:21 - Atualizado em 26/08/2019 13:41
Rodrigo Silveira
A comunidade da Universidade Estadual do norte Fluminense Darcy Ribeiro vai escolher o reitor e o vice, que irão representar a instituição pelo próximo quadriênio (2020-2023). A eleição acontece no dia 31 de agosto, nos polos do Cederj, e no dia 3 de setembro, nos campi de Campos e Macaé. Na noite desta terça-feira (20), o corpo docente, discente, técnico administrativo e candidatos participaram de um debate entre os candidatos, no Centro de Convenções. Estiveram presentes Raul Palácio e Rosana Rodrigues, da chapa 10, “Cada vez mais Uenf: Inovadora e Participativa”; Carlos Resende e Juraci Sampaio, da chapa 11, “AvançaUenf: Ciência e Sociedade”; e Enrique Medina e Rodrigo Tavares, da chapa 12, “Uenf Renova”.
Por ordem de sorteio, a chapa 12 foi a primeira a responder a pergunta direcionada a todos, sobre o porquê de ser candidato à reitoria, diante do atual contexto da universidade e que se desenha para o futuro.
— Nós não vemos eficácia suficiente na gestão da universidade, nós não vemos uma cultura de informação estabelecida, em que todas as decisões, de todas as instâncias da universidade, percorram de maneira tranquila. Não temos uma cultura de planejamento e programação, na velocidade e claridade, transparência que necessita, para que todos os protagonistas da universidade participem. Não vemos entrega na gestão das informações. Precisamos melhorar muito o perfil dos egressos, perfil dos programas de pós-graduação, a inserção dos nossos docentes nos programas. Nós queremos mais Uenf, mas uma Uenf mais eficaz — disse o professor Enrique Medina.
Na sequência, Raul Palácio, que era chefe de gabinete da atual reitoria de Luís Passoni e se distanciou do cargo para concorrer à vaga, disse que quer dar continuidade aos trabalhos da atual gestão. “E pelo contexto atual, ou seja, o contexto em que é realmente importante a defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade, socialmente referenciada, é que a gente se candidata para dar continuidade a um trabalho, que temos feito durante toda a vida. A entrada na faculdade foi em 2005, mas sou professor universitário desde 1991 e todo o tempo defendendo a educação. Então, pela defesa da universidade e da educação é que estamos fazendo, pelo compromisso que a gente tem com a sociedade. Ter uma universidade de qualidade, onde a juventude dessa região consiga formar, em muitos casos, o primeiro integrante da família com ensino universitário”, pontuou.
Carlos Resende pontuou que está na Uenf desde a fundação e que já atuou na reitoria e em outros momentos foi convidado a se candidatar, mas declinou por motivos pessoais. Ele acredita que agora é momento ideal. “Nesse momento, onde passamos por dificuldades no estado e do Brasil, eu aceitei tendo em vista que a situação que me impedia, hoje me permite aceitar o que eu considero uma missão institucional. Já passei por diferentes cargos e quando estávamos na reitoria em 1999, na condição de vice-reitor e de pró-reitor de graduação, foi ali que criamos os quatro cursos de licenciatura da Uenf, participamos do estabelecimento do consórcio do Cederj e também da Lei de Cotas. Esse elemento de transformação e a interiorização, que foi promovido pela Uenf, está sendo cumprido”, disse o candidato que quer a aproximação com os polos do Cederj e de Macaé.

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