A emergência adulta do Hospital São José (HSJ), em Goitacazes, na Baixada Campista, ficou, desde a manhã até o fim da tarde desta terça-feira (13), fechada por falta de médicos. Por volta das 18h, uma equipe da Folha da Manhã esteve no local e o atendimento havia sido restabelecido. A emergência infantil não foi afetada pelo problema. O município informou que as consultas ambulatoriais serão remarcadas. Em março deste ano, denúncias de falta de atendimento, ainda no antigo prédio da unidade, foram realizadas por pacientes.
Segundo informações de acompanhantes de pacientes que estavam internados, três pessoas que estavam internadas em estado mais grave foram transferidas para outras unidades hospitalares.
— Eu vi a movimentação aqui a tarde e vim olhar. A porta da emergência estava fechada e não estava recebendo ninguém. Disseram que o médico da unidade estava realizando remoções de pacientes mais graves — afirmou o acompanhante de um paciente que pediu para não ser identificado.
A Fundação Municipal de Saúde informou, em nota, que um médico foi direcionado na tarde desta terça-feira para realizar o atendimento de urgência e emergência adulta na UPH José. Neste momento, outro profissional está sendo deslocado para reforçar o setor. A emergência infantil funciona normalmente neste terça, com três médicos de plantão. "A Prefeitura de Campos reforça que segue dialogando com o Sindicato dos Médicos e informa que os serviços de urgência e emergência das unidades estão funcionando normalmente. Com relação às consultas ambulatoriais, marcadas para este período, serão remarcadas posteriormente", completou.
Em março, denúncias de falta de plantonistas na unidade, que ainda funcionava no antigo prédio, foram realizadas por pacientes. Na ocasião, a Prefeitura de Campos informou que iria apurar a denúncia da falta dos médicos na unidade que, caso fosse confirmada, um procedimento administrativo seria aberto.
Recém-inaugurado - O prédio novo do Hospital São José foi inaugurada no dia 5 de julho deste ano. A obra foi iniciada ainda na gestão de Rosinha Garotinho, em 2011, e estava prevista para ser entregue inicialmente em 2013. O novo prédio possui 2.700m² e dois pavimentos com atendimento emergencial e ambulatorial. Inicialmente, a reforma custaria R$ 6,4 milhões, mas, após aditivos, ficou em cerca de R$ 9 milhões.
