Com os cerca de R$ 50 bilhões que o Estado do Rio de Janeiro deverá receber em investimentos com o encerramento definitivo de 21 plataformas de petróleo antigas instaladas na Bacia de Campos, cerca de 50 mil empregos serão gerados na região, com os serviços que precisam ser contratados para que as petroleiras façam a desinstalação destes equipamentos.
Todas as 21 unidades que serão encerradas definitivamente pertencem à Petrobras ou estão a serviço da empresa, por meio de afretamento.
— Esse encerramento definitivo de plataformas, que deverá demandar investimentos da Petrobras, sobressai-se pelo grande número de unidades que serão descomissionadas em um mesmo período, na medida em que muitos campos começam a ficar esgotados — disse o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Lucas Tristão.
Tristão informou que a medida não trará perda de arrecadação do Estado, pois a produção no pré-sal está em franco crescimento. “O mais interessante é que tudo isso não vai influenciar nem na arrecadação dos royalties, nem na produção de petróleo, porque o pré-sal acaba de jorrar óleo e gás, com a alta produtividade de poços da importante província produtora, diferentemente de muitas áreas da Bacia de Campos, já em declínio”.
As petroleiras são obrigadas a realizar o chamado descomissionamento de plataformas, que prevê atividades de desinstalação e desmontagem de equipamentos, quando a atividade em um campo deixa de ser viável ou então quando a vida útil da unidade de produção chega ao fim. Ao realizar o descomissionamento, a petroleira precisa restabelecer as condições originais do local onde foi instalado o equipamento.
A ideia do Governo do Estado, segundo ainda Tristão, é aproveitar “esta oportunidade para desenvolver uma nova indústria associada ao petróleo e gás no Estado do Rio de Janeiro, que atuaria na área de desativação de plataformas e toda o aparato que envolve esse processo”. (A.N.)