Arnaldo Neto
23/08/2019 07:53 - Atualizado em 26/08/2019 14:32
Superintendente de Trabalho Renda da Prefeitura de Campos, Rogério Matoso vê como positiva a posição da região mediante ao cenário nacional, ao menos com relação à questão da empregabilidade. Como fatores que impulsionam a geração de emprego, aponta o novo fôlego para as áreas de construção civil e comércio, mas destaca os investimentos da Petrobras nos campos maduros da Bacia de Campos e, sobretudo, as oportunidades criadas com o desenvolvimento Porto do Açu, em São João da Barra. Ex-presidente da Câmara e candidato a prefeito em 2016, Matoso também comentou sobre política nesta sexta-feira (23), em entrevista ao Folha no Ar, da Folha FM. Para o próximo pleito, acredita que a população vai escolher o nome que tiver menos rejeição.
A inserção do jovem no mercado de trabalho, para conseguir o primeiro emprego, a oferta de cursos profissionalizantes e o atendimento à população para emissão da carteira de trabalho estão entre as ações destacadas por Rogério à frente da superintendência. Matoso também comentou sobre as oportunidades no mercado na chamada revolução da indústria 4.0, destacando que é necessário aperfeiçoamento a todos que querem se inserir no mercado de trabalho.
Apesar do cenário não ser dos melhores no país, Rogério destaca que a região vive um período de retomada de empregos. “É um momento difícil e delicado no Brasil em relação a desemprego, apesar de os dados do Caged [Cadastro Geral de Empregados e Desempregados] serem positivos para a região”, salientou, lembrando, ainda, que o período da safra no setor sucroalcooleiro é responsável por gerar muitos empregos sazonais, que elevam os dados positivos do município. Segundo o superintendente, outro desafio é inserir o jovem no mercado de trabalho. “Em Campos, mais de mil empresas estão dentro da lei do primeiro emprego e preferem pagar multa ao Ministério do Trabalho em vez de dar emprego ao jovem”.
Sobre o Porto do Açu, Matoso disse conhecer muita gente da cidade que conseguiu uma oportunidade nas empresas que atuam no terminal. Observou, ainda, a interação com essas empresas e o balcão de oportunidades da Prefeitura, para aproximar as pessoas qualificadas para atender as demandas.
No cenário nacional, Rogério diz que a aprovação da Reforma da Previdência, a Medida Provisória da Liberdade Econômica e a necessidade da Reforma Tributária são garantias ao empreendedor e consequentemente vai gerar mais oportunidades de emprego. “A bolsa reage bem a cada passo dessas reformas. Isso não é uma questão ideológica, são os números que mostram isso”, disse.
Política — Matoso afirmou que, de alguma forma, participa do processo eleitoral há muitos anos, mas não disse se será candidato a algum cargo no próximo ano, pois considera muito cedo para tal debate. Disse o mesmo ao ser contestado sobre o cenário para disputa à Prefeitura de Campos em 2020. “Tem muito tubo de ensaio, nomes que nem serão candidatos. A eleição do executivo é a eleição do não. Ganha quem tem a menor rejeição, é por exclusão”.
Em relação ao governo Rafael Diniz (Cidadania), classificou o prefeito como muito talentoso, buscando o desenvolvimento, com coragem para enfrentar as dificuldades. “Mas temos que avaliar o Brasil como um todo”, acrescentou, ao citar os problemas financeiros. Rogério comentou também sobre a greve dos médicos, declarando apoio.
Matoso comentou sobre a política de segurança pública do governador Wilson Witzel (PSC). Para ele, o governador precisa conter a emoção para não ter cenas como a comemoração ao descer do helicóptero após o desfecho do sequestro do ônibus na ponte Rio/Niterói, mas não deve ser crucificado por isso, já que “outros governadores foram coniventes [com a criminalidade] e parceiro, tiveram processos relacionados a essa questão e inspiraram personagens do filme Tropa de Elite”.