Empresários e investidores do ramo imobiliário participaram, nesta sexta-feira, no Soho Residence Service, no Centro de Campos, do Painel de Negócios que antecede a presença do jornalista e economista Ricardo Amorim, que estará no próximo dia 21, quarta-feira, no Teatro Trianon, para falar sobre as expectativas do novo cenário que se prenuncia na economia.

Antes de um cooffe break, o evento começou com uma série de explanações de empresários sobre o atual momento de reaquecimento do mercado imobiliário e da construção civil em Campos, bem como as expectativas para o crescimento da economia e seus reflexos no mundo dos negócios.

O primeiro a falar foi Mário Otávio Souza, da Ideal Imobiliária e presidente da Rede Uno, que traçou um cenário de expectativas otimistas ainda para este ano, tendo em vista os sinais de movimento nas vendas e locação de imóveis.

— Os melhores sinalizadores de que estamos diante da retomada do aquecimento é que o dinheiro está aparecendo, com propostas concretas e a disposição para comprar. Antes, a gente trabalhava mais com troca, quase na base do escambo, porque não havia dinheiro. Hoje já se percebe a circulação do dinheiro, algo que não acontecia antes — afirmou Otávio.

O empresário acredita que este é um ciclo inicial de reaquecimento do mercado, e o cliente percebe que esta é a grande oportunidade de negócios.

— O cliente percebe que a oportunidade de comprar é hoje porque se não comprar agora vai pagar mais caro lá na frente quando o mercado estiver com maior demanda — alertou.

O gerente de regional de Habitação da Caixa Econômica Federal em Campos, Jorge Luiz Batista, reforçou os sinais para as expectativas positivas.

— Nunca houve um mercado tão aquecido no programa Minha Casa Minha Vida como neste primeiro semestre. Os imóveis de médio e alto padrão também têm registrado uma demanda muito positiva — disse Jorge Luiz.

O gerente enfatizou ainda os investimentos da Caixa e a importância de Campos e as demandas locais.

— Nossa aposta é ancorada neste aquecimento do mercado local. Tanto é que dos R$ 100 milhões a serem investidos pela Caixa este ano em habitação em nossa área de abrangência operacional, de 33 municípios, 20% vem para Campos — disse.

Entre os pontos abordados no painel, os impactos dos investimentos do Porto do Açu; os investimentos na produção, importação e exportação de petróleo e gás na Bacia de Campos; e a redução das taxas de juros e seus reflexos positivos no mercado imobiliário.