Ícaro Barbosa
01/08/2019 07:56 - Atualizado em 05/08/2019 14:24
O empresário Joilson Barcelos foi o convidado da primeira edição desta quinta-feira (1) do programa Folha no Ar, da rádio Folha FM 98,3. Ele descartou qualquer possibilidade de uma candidatura em 2020. “É um sonho de jovem, mas quem sabe lá na frente? Para eu entrar na política agora, tenho que me abster de todo o resto. Talvez aconteça lá na frente, mas não no ano que vem”, afirmou, recordando-se dos “puxões de orelha” da família. Durante a entrevista, ele também falou sobre a economia no governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Em relação à eleição de 2020, Joilson reforçou a ideia de uma gestão pública com pessoas que entendam das questões do mercado, destacando o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), Marcelo Mérida, que anunciou sua desfilização oficial do PSD (partido pelo qual concorreu ao cargo de deputado federal em 2018) e está em negociação com o PSC, do governador do Rio, Wilson Witzel.
— Marcelo Mérida já veio como candidato federal e tem possibilidade de vir de novo com candidato. Ele comentou que, se eu não viesse, ele viria. É um cara do meio empresarial, tem muita experiência. O grupo é dedicado ao negócio com olhar político. Eles estão relacionados. O empresário precisa do político; o político precisa do empresário — explicou Joilson Barcelos.
Em entrevista à Folha da Manhã, publicada no último domingo (28), Joilson, quando questionado sobre Garotinho, afirmou que o político é um “fenômeno”. Sobre sua fala, Joilson declarou:
— Já imaginou um homem que sai de dois mandatos em Campos, vira governador, vem candidato à Presidência e quase chega ao segundo turno, depois retorna à Campos e continua exercendo influência na cidade? Além disso, “peitou” várias vezes Brizola, Temer etc. Garotinho é o cara que vai ficar na história campista depois do Nilo Peçanha.
Ele ressaltou, também, que as observações e opiniões emitidas foram como empresário e que pode “ter falado coisas que não o ajudaram (Rafael Diniz) a rever os métodos, mas ele ainda tem oportunidade de fazer uma excelente gestão”. “Eu percebo que o trabalho dele poderia ser melhor. Na minha colocação, eu expus coisas que podem ser feitas, do meu ponto de vista como empresário”, complementou.
Após as críticas que emitiu contra Lula, também na entrevista de domingo, e as respostas das declarações de lideranças regionais do PT, Joilson compartilhou uma opinião mais detalhada sobre sua visão do ex-presidente:
— Me dói ver o PT desperdiçando as chances que teve. Eu nunca critiquei o partido, mas sim o Lula. Ele não foi capaz de prever, ou escolheu ignorar, a crise que estava por vir, se referindo a ela como apenas uma “marolinha”. Não foi assim. Olha a situação em que vivemos hoje. Quando lembro da gestão, fico indignado. Posso até ofender, mas eu dou a minha visão e desejo que as pessoas possam refletir sobre ela.
O empresário também abordou questões relacionadas à economia. Ele opinou sobre as medidas tomadas pelo governo federal:
— O governo está com boa vontade para resolver o problema da nossa economia, mas eu estou muito preocupado, como empresário, com essa situação toda. Vejo que nosso setor é o último que responde pela falta de dinheiro. O ministro Paulo Guedes é um cara muito otimista, um homem perfeito para o cargo, tem uma ótima equipe, mas eu só acredito nele quando conseguir realizar aquilo que promete.
O empresário também comentou os impasses em relação à loja do Super Bom que funciona no Boulevard Shopping, com o pedido de entrega do ponto pelos proprietários e as dificuldades de negociação, e a abertura do Guarus Plaza Shopping, que acontecerá no dia 10 de outubro, com show do cantor Daniel.