O jornalista e poeta Aluysio Abreu Barbosa, diretor de redação da Folha da Manhã, fará nesta quarta-feira (28) mais uma de suas homenagens póstumas no Cineclube Goitacá. O homenageado será o ator holandês Rutger Hauer, falecido há pouco mais de um mês. A escolha para a apresentação foi por “A Morte Pede Carona” (The Hitcher, 1986), filme dirigido pelo estadunidense Robert Harmon, que se enquadra entre os gêneros de suspense e estrada. Sessão marcada para as 19h, na sala 507 do edifício Medical Center, localizado na esquina das ruas Conselheiro Otaviano e 13 de Maio, no Centro de Campos. Entrada gratuita.
— Parece que eu sou meio que o coveiro do Cineclube, fico meio que com a função de homenagear os diretores, atores e personalidades que de alguma forma marcaram o cinema — brincou Aluysio. — O personagem mais marcante de Rutger Hauer, sem sobra de dúvida, é o androide (Roy Batty) de “Blade Runner” (1982). Só que o Lucas Rodrigues já havia exibido esse filme antes da morte do Rutger Hauer. “Blade Runner” é o grande filme do qual ele participou, um dos maiores filmes de todos os tempos, dirigido por Ridley Scott. E eu decidi optar por esse filme mais cult, certamente menos conhecido que “Blade Runner”, mas que é um clássico delicioso também dos anos 1980, um thriller de suspense, um pouquinho posterior a “Blade Runner” — explicou.
Em “A Morte Pede Carona”, Rutger Hauer interpreta o psicopata John Ryder, que compõe um trio de protagonistas com os personagens Jim Halsey e Nash, dos atores C. Thomas Howell e Jennifer Jason Leigh, respectivamente. “Os três personagens principais formam uma espécie de triângulo que não chega a ser amoroso, mas um triângulo de atração. Não chega a ser consumado. Mas, é de clara tensão sexual entre os três, mas que nunca chega a se consumar”, pontuou Aluysio.
Embora o diretor Robert Harmon não tenha alcançado uma carreira com outras filmes desta dimensão, o apresentador da noite destacou o sucesso obtido em “A Morte Pede Carona”.
— Foi um sucesso de público e de crítica, até hoje é um filme cultuado. Mas, (o Robert Harmon) é um cara que, como o próprio C. Thomas Howell, não teve uma carreira que tenha decolado. É o maior filme dele, com certeza. Um criador que não vingou no cinema. Mas, tem essa obra, que prende o espectador do início ao fim. Muita adrenalina.
Em relação ao homenageado Rutger Hauer, esta foi uma obra que valorizou ainda mais sua trajetória: “É um grande título de um ator que marcou a história do cinema”, enfatizou Aluysio. (M.B.) (A.N.)