A partir de 10h desta quinta-feira (22), serão conhecidos no Centro de Eventos Populares Osório Peixoto (Cepop) os campeões do Festival de Samba de Campos, realizado no último fim de semana. É grande a expectativa entre os dirigentes e componentes das escolas, dos blocos e bois de samba, principalmente devido ao evento ter marcado o retorno do Carnaval fora de época, que não havia sido realizado nos dois anos anteriores. Existe uma expectativa de que a festa aconteça na data oficial em 2020.
As escolas de samba, que desfilaram no sábado (17), foram julgadas em alegorias e adereços, bateria, comissão de frente, enredo, evolução, fantasias, harmonia e samba-enredo, bem como os blocos de samba, estes no domingo (18). Também no segundo dia de desfiles, os bois de samba receberam notas em abre-alas, bateria, pai-joão e mãe-maria, tema, evolução, fantasias, confecção do boi e samba-tema. Cada quesito teve dois jurados, totalizando 16 por grupo, todos eles campistas ligados à cultura. O manual do julgador foi elaborado pelo professor e pesquisador Marcelo Sampaio, um dos julgadores de todos os grupos e coordenador da comissão, escolhido pelo presidente da Associação dos Bois Pintadinhos de Campos (Aboipic), Marciano da Hora.
Presidente da Mocidade Louca, Jorge França (Jorginho de Ogum) está muito confiante no título do Grupo Especial. Penúltima a desfilar no sábado, a escola contou com a força do canto do povo do Morrinho para abordar o enredo “Deu a louca no Sertão, Maria Bonita e Lampião. Nordestino sim sinhô e falo oxente”.
— A Mocidade passou sem defeito nenhum, corretamente, no horário certo para passar. Eu acho que, por merecimento, o título é da escola. Se não existir nenhuma falcatrua... O nível foi superior, com certeza, a Mocidade foi compacta. A escola realmente passou completa, não teve buraco, não teve nada — disse Jorginho.
A confiança também é grande por parte de Leonardo Braz, presidente da Ururau da Lapa, que levou à avenida o enredo “Mistério da Meia-Noite”, incluindo em seu desfile personagens como o lobisomem e o Frankenstein. Leonardo, contudo, citou o equilíbrio nas apresentações.
— A gente está muito confiante diante do trabalho feito. Estamos muito confiantes que o título vai vir. Com certeza somos candidatos ao título, respeitando as coirmãs. Vejo uma disputa mais acirrada, porque as outras também vieram bem — afirmou o presidente da Ururau da Lapa, citando a Mocidade Louca como principal concorrente.
A Madureira do Turf é outra cotada a brigar pelo troféu principal, tendo fechado a noite de sábado com o enredo “Saudades da minha infância no Turf”. A reportagem não conseguiu contato com o presidente Marcelo Velasco. Também compuseram o Grupo Especial as escolas União da Esperança (“Natal, o Patriarca de Madureira”) e Boi Sapatão (“Viva São João! Tem Arraiá na Fazenda do Boi Sapatão”), presididas por Gildo Faria e Daniel Pessanha, respectivamente. A Amigos da Farra, do presidente Toninho Virgilio, desfilou sozinha no acesso, homenageando Joãosinho Trinta no enredo “Do lixo ao luxo”.
Entre os bois de samba, o Guloso é favorito no acesso contra o Beira-Rio, enquanto o Jaguar está cotado a ser campeão no Grupo Especial, que também teve o Zulu, Travolta e do Canto. Na categoria dos blocos de samba, destaque para o Teimoso do IPS no acesso, que teve ainda o Juventude da Baleeira. Na divisão principal, a disputa deve ser grande entre o Castelo do Parque Aurora e o Unidos do Capão, com Os Psicodélicos correndo por fora.
Prêmio extraoficial — Serão divulgados na sexta-feira (23) os vencedores do Troféu Passarela do Samba, do site Carnaval de Campos, administrado por Marcelo Sampaio. Cinco jurados escolheram os melhores nas seguintes categorias: Escolas e blocos — enredo, samba-enredo, carro alegórico, passista, destaque, ala, ala das baianas, intérprete, bateria, comissão de frente, revelação, casal de mestre-sala e porta-bandeira e escola/bloco; bois — tema, samba-tema, abre-alas, passista, ala, ala folclórica, intérprete, bateria, confecção do boi, Pai João e Mãe Maria, revelação e boi.