Opções culturais no Dia do Santíssimo Salvador
Matheus Berriel 05/08/2019 17:37 - Atualizado em 13/08/2019 14:13
Genilson Pessanha
Fora a programação oficial da Diocese de Campos, outros eventos serão realizados nesta terça-feira (06), movimentando o Centro de Campos no Dia do Santíssimo Salvador. A Sociedade Musical Lyra de Apollo fará apresentação a partir de 11h, em frente ao seu prédio, na praça do Santíssimo Salvador. No Museu Histórico, além das exposições abertas, haverá encontro de veículos antigos, lançamento de livro e café literário.
— Se Deus permitir, com o tempo, vou tocar na porta da banda. É uma homenagem ao nosso Padroeiro. Não é contratado por ninguém, é uma iniciativa nossa de fazer uma homenagem ao São Salvador. Vamos tocar dobrados, algumas músicas populares — disse o presidente da Lyra de Apollo, o maestro Ricardo de Azevedo.
No Museu Histórico, de 10h às 17h haverá um encontro de carros antigos com proprietários locais. Às 18h será lançado o livro “Negras de Lá Negras Daqui”, com textos de escritoras africanas e brasileiras, entre elas a campista Lívia Prado. Em seguida, às 19h, a atração será o Café Literário Antônio Roberto Fernandes.
Entre as exposições abertas no museu, que podem ser visitadas durante o dia, está uma mostra de imagens aéreas da cidade e região, integrantes do projeto “Campos no Ar”, do fotógrafo Carlos Alves e do pesquisador Jorge Siqueira.
— A gente vem contando um pouco da história do rio Paraíba do Sul, do assoreamento também. Já vem sendo feita uma campanha desde 2014, 2015, com a gente trabalhando em cima disso, da preservação, dos mananciais... — explicou Carlos, responsável pela parte fotográfica da exposição. Ao lado das fotos há textos feitos por Jorge Siqueira com informações de cada local. — É muito importante, porque ele vem contar um pouco da história, com a minha fotografia e a sabedoria dele em termo das fotos, já vinha pesquisando — acrescentou o fotógrafo. Entre as imagens aéreas, algumas são de prédios históricos, como os solares da Baronesa, dos Airizes e do Colégio.
Outra opção é a exposição “Como era antes e o que eu vejo hoje”, do fotógrafo Douglas Marques. A mostra é inspirada no álbum “Melhoramentos de Campos 1916”, referente às inaugurações realizadas pelo então presidente da República Nilo Peçanha. Há ainda uma exposição de esculturas sobre a cultura popular campista, feitas pelo artista Antônio Carlos Machado, o Mestre Beijinho. Há esculturas de personagens do folclore de Campos, entre eles o Ururau da Lapa e o Coronel Lobisomem.
— Mantendo o museu aberto, a gente proporciona à população conhecer um pouco mais a sua história. Todo ano eu tento construir coletivamente essa programação do museu. A gente recebe exposições como a do Carlos, recebe sugestões como a do Mestre Beijinho, porque a gente já está no mês do folclore... — disse a diretora do museu, Graziela Escocard Ribeiro. — Além de conhecer sua história, a população fica sabendo também o que o museu tem de atividades, como funciona. Para a gente, é de fundamental importância estar com o museu aberto.

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