O presidente do Americano, Carlos Abreu, teve reduzida em 60 dias a suspensão de 90 dias que sofreu pelas acusações que fez numa emissora de rádio de Campos onde apontou manipulações de resultados no Campeonato Estadual do Rio. A punição inicial foi aplicada pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Estado do Rio de Janeiro (TJD-RJ), no último dia 9 de maio. Abreu recorreu junto ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) que deu parcial provimento ao recurso do mandatário alvinegro.
A multa aplicada a Carlos Abreu, anteriormente estipulada pelo TJD em R$ 6 mil, foi também reduzida pelo STJD para R$ 3 mil. O prazo para quitação é de sete dias.
Antes do primeiro julgamento, a Procuradoria do TJD-RJ decidiu por denunciar Abreu nos artigos 221, 243-B, 243-F (parágrafo 1º) e 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
Após as declarações de Carlos Abreu, o TJD-RJ abriu inquérito buscando apurar preliminarmente as acusações. Árbitros e assistentes (oito ao todo) citados pelo dirigente, além do próprio presidente do Americano, jogadores e o técnico Josué Teixeira, foram chamados para prestar esclarecimentos. O procedimento concluiu que as acusações não tinham base em provas.
Logo após a derrota do Americano para o Boavista, Carlos Abreu soltou o verbo. Em entrevista à Rádio Campos Difusora, o dirigente levantou suspeita de manipulação de resultados no Campeonato Carioca, citando nominalmente Luis Antônio Silva Santos e Lenílton Rodrigues Gomes Júnior como árbitros que prejudicaram o clube campista e apontando o como beneficiado o Madureira, principal concorrente na disputa contra a Seletiva.
Abreu chegou a afirmar que o Tricolor Suburbano seria "imexível" na Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) e "não poderia cair".