Ídolo eterno da torcida alvinegra e considerado o maior jogador da história do Americano, o ex-jogador Paulo Roberto tenta driblar os obstáculos que lhe impedem de desfrutar de sua merecida aposentadoria, além dos problemas de saúde que se somaram nos últimos meses. Os sintomas de uma fração de isquemia tentaram minar-lhe as forças, mas o artilheiro resiste e se prepara para dar a volta por cima.
— Foi tudo muito rápido. Ele nos deu um susto, depois teve uma febre, foi internado no Hospital da Unimed, ficou lá uma semana e fez todos os exames. Agora já está se sentindo melhor depois dos medicamentos que começaram a surtir efeito. O importante é que ele está em casa sendo bem assistido, tem recebido todo apoio da família e dos amigos, isso é o que é mais importante — afirmou Ana Paula, filha do craque.
— Ele ultimamente tem estado muito calado, preocupado, com muita ansiedade devido a aposentadoria que ainda não saiu. Mas já demos entrada, temos, inclusive, o número do processo. O problema é essa demora, já que são muitos os pedidos de aposentadoria no INSS— disse a esposa, Ana Maria.
Paralelamente, Paulo Roberto Borges da Silva, hoje com 72 anos, busca também os anos de aposentadoria ao tempo em que atuava no Americano para complementar a aposentadoria integral.
O presidente Alvinegro, Carlos Abreu, declarou que o clube tem conhecimento da situação do atacante e vem buscando agilizar a situação com a família.
— Nós temos conversado com os familiares do Paulo para resolver a situação. Ficaram para trás 12 anos contribuições, mas o clube já está buscando solucionar o problema. Ele é, sem dúvida, um dos grandes nomes da história do Americano. Além de um ser humano extraordinário, é um patrimônio do clube. Além de tudo, é um direito dele — disse o mandatário.
Emérito cobrador de faltas, ponta esquerda de muitos recursos, daqueles que buscavam incessantemente a linha de fundo quando não entrava driblando a defesa pelo miolo de zaga, Paulo Roberto participou de todos os jogos nos nove títulos da histórica jornada do eneacampeonato campista, inclusive marcando o gol do título no nono campeonato, cobrando um pênalti, no Aryzão, contra o Goytacaz.