Um militar da Aeronáutica brasileira foi detido na terça-feira (25) no aeroporto de Sevilha, na Espanha, por transportar 39 kg de cocaína em sua bagagem. O Ministério da Defesa e o presidente da República, Jair Bolsonaro, confirmaram a prisão. A prisão do segundo-sargento ocorreu quando o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) pousou às 14h (horário local) no aeroporto da capital da região da Andaluzia, de acordo com o jornal espanhol "El País".
A TV Globo apurou que a aeronave onde estava o militar, que atua como comissário de bordo em voos da FAB, costuma fazer a rota presidencial antes do avião do presidente em viagens longas, e, por isso, fica à disposição do presidente para quando ele pousar no destino.
A viagem de Bolsonaro a Osaka – cidade no Japão onde ocorrerá o G-20 – deveria passar por Sevilha, mas o avião com o presidente pousou em Portugal. Fontes militares confirmaram à TV Globo que a rota mudou por causa da prisão do militar.
No entanto, o presidente brasileiro em exercício, general Hamilton Mourão, disse que o militar não fazia parte da comitiva do presidente.
A cocaína estava dividida em 37 pacotes de mais de um quilo. Fontes policiais disseram ao jornal espanhol "El País" que a droga não estava sequer camuflada entre roupas. "Em sua mala, havia apenas drogas", afirmou uma porta-voz da força policial em Sevilha.
O militar se apresentou ante um tribunal nesta quarta-feira (26), acusado de cometer delito contra a saúde pública, uma categoria que inclui o tráfico de drogas na Espanha. Ele continuava detido em Sevilha.
O comunicado do Ministério da Defesa afirma que o caso está sendo investigado e que foi determinada a instauração do Inquérito Policial Militar (IPM).