Arnaldo Neto
10/06/2019 20:47 - Atualizado em 19/06/2019 18:50
Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal que investiga irregularidades no Fundo de Desenvolvimento de Campos (Fundecam), o vereador Jorginho Virgílio (PRP) protocolou, ontem, um pedido para prorrogar os trabalhos, que deve ser apreciado no plenário nos próximos dias. A CPI foi instalada em março, com prazo de conclusão em 90 dias, prorrogáveis por igual período. Mais de dez testemunhas foram ouvidas até o momento.
Jorginho avalia como positivo os trabalhos da CPI do Fundecam até o momento e disse que o principal objetivo é recuperar o dinheiro, desde a criação do Fundo, em 2001, ainda na administração Arnaldo Vianna (hoje MDB), até o fim do governo Rosinha Garotinho (atual Patri), em 2016.
— Os membros da comissão e o corpo técnico estão trabalhando com afinco para que possamos ter o resultado que o povo de Campos espera, que é tentar recuperar todo ou parte do rombo de R$ 500 milhões deixados desde 2001 até o governo passado — declarou o vereador.
Segundo Jorginho, não “será uma caça às bruxas. Será uma caça ao dinheiro que supostamente foi desviado dos cofres públicos”.
Virgílio foi escolhido para presidir a comissão porque foi o autor do requerimento de instalação da CPI. Logo no início dos trabalhos, ele contou que recebeu denúncias sobre o assunto em seu gabinete. Além de Jorginho, também compõe a CPI os vereadores Abu (PPS), Luiz Alberto Neném (PTB), Silvinho Martins (PRP) e Paulo Arantes (PSDB).
O Legislativo concluiu, em 2018, duas outras CPIs que apontam indícios de crimes nos contratos da Prefeitura, ainda na administração Rosinha, com a Odebrecht e Emec para construção de casas populares e para o serviço de jardinagem, respectivamente.