O ex-governador Sérgio Cabral (MDB) saiu momentaneamente do presídio de Bangu 8, no Rio de Janeiro, para prestar depoimento ao Ministério Público Federal (MPF). A informação da saída foi confirmada pela Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap).

O advogado de Cabral também declarou que o depoimento faz parte de um processo que acontece em segredo de Justiça e por isso não poderia dar mais detalhes.

Enquanto isso, segundo informou o colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, que o ex-governador foi arrolado como testemunha de defesa do deputado estadual Chiquinho da Mangueira (PSC), que está em prisão domiciliar, e foi um dos alvos da operação Furna da Onça, que levou para atrás das grades cinco parlamentares.

O desembargador federal Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), começa a ouvir, na próxima semana, as testemunhas de defesa dos deputados e decide se vai aceitar ou não o depoimento do ex-governador.

Além dos cinco presos na Furna da Onça, a Alerj começou a atual legislatura com seis deputados encarcerados. O sexto era o ex-prefeito de Silva Jardim, Anderson Alexandre (SD), acusado de receber propina de R$ 150 mil quando ainda estava à frente do Executivo municipal. Ele conseguiu habeas corpus e tomou posse na última quarta-feira.

Quatro suplentes assumiram os cargos de cinco presos na Furna da Onça até o momento. Porém, a polêmica continua. O presidente André Ceciliano (PT) deu posse sem direito a verba e gabinete aos presos e chamou os suplentes, porém, a ação é contestada na Justiça.